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Marcelo de Menezes defende ação coordenada para conter avanço de facções

Rio de Janeiro – O secretário de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, alertou para o risco de o estado se transformar em um centro de operações do crime organizado. A declaração ocorreu durante a reunião do Conselho de Comandantes Gerais das Polícias Militares, evento paralelo à feira internacional LAAD – Defence & Security 2025, no Riocentro.
Segundo o secretário, a atuação isolada das forças de segurança não será suficiente para conter a expansão das facções criminosas. “O enfrentamento ao crime organizado no Rio de Janeiro e no Brasil exige uma união de esforços entre todas as forças de segurança”, afirmou Menezes, conforme relatado por Ancelmo Gois, em O Globo.
Durante a reunião, Marcelo de Menezes apresentou um histórico da atuação criminosa no Rio, desde a criação da Falange Vermelha nos anos 1970 até o atual domínio de facções no tráfico de drogas. Segundo ele, grupos de outros estados ampliaram sua presença na capital fluminense.
O secretário destacou que, em 2024, a Polícia Militar apreendeu 638 fuzis, um número recorde de armamento de guerra interceptado antes de chegar às mãos de criminosos. Além disso, dados do setor de inteligência indicam que 249 líderes de facções de outras regiões do Brasil se instalaram no Rio, seja para fugir da repressão em seus estados de origem, seja para estabelecer alianças estratégicas.
“Se não agirmos de forma coordenada, o Rio corre o risco de se consolidar como um hub do crime organizado, impactando todo o país”, alertou Menezes.
A reunião no Riocentro contou com a participação de comandantes-gerais de 23 estados e representantes de diferentes unidades da Federação. O evento reforçou a necessidade de colaboração entre polícias estaduais, federais e forças armadas para enfrentar a expansão do crime organizado.
Especialistas apontam que a ação de grupos criminosos no Rio de Janeiro não se restringe ao tráfico de drogas. O envolvimento dessas facções em roubos a bancos, contrabando de armas e lavagem de dinheiro torna ainda mais urgente uma resposta coordenada das autoridades.