Ataques realizados por milicianos na zona oeste do Rio de Janeiro na tarde desta segunda-feira (23) causaram caos no trânsito e no transporte público da região. Com a queima de 35 ônibus e um trem, diversas vias ficaram bloqueadas e o transporte público foi paralisado em algumas linhas.
Moradores e trabalhadores da região relataram dificuldades de deslocamento. Uma moradora do bairro Santa Cruz contou que teve que caminhar por cerca de uma hora para chegar em casa, pois o transporte público não estava funcionando.
“A única solução era ficar na escola ou vir andando. E foi o que fizemos. Eu e uma colega resolvemos vir andando. Levamos mais ou menos uma hora. Viemos andando rápido porque tinha lugar que estava deserto. Então, aceleramos para não ficar dando mole”, disse Catita Leal Cesario, que trabalha na Escola Municipal Bertha Lutz, em Guaratiba.
As aulas de dezenas de escolas da região também foram suspensas. Algumas instituições já informaram que não abrirão as portas nesta terça-feira (24).
O governador do estado, Cláudio Castro, admitiu que as forças de segurança foram pegas de surpresa e disse que há um plano de contingência em andamento com o objetivo de garantir que não ocorram mais ataques. Até agora, foram confirmadas 12 prisões de suspeitos de envolvimento nos incêndios.
O prefeito Eduardo Paes se manifestou pelas redes sociais. “Milicianos na Zona Oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador. E para piorar, tivemos que interromper serviços de transporte na Zona Oeste para que não queimem mais ônibus. Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam”.
Com informações da Ag Brasil