Rio de Janeiro – O pastor Silas Malafaia afirmou neste domingo (16) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é um “criminoso”. A declaração ocorreu durante um ato na orla de Copacabana, organizado por Malafaia e apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A manifestação defende a anistia de condenados pelos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023.
“Estamos falando de anistia, mas é preciso entender por que essas pessoas estão presas. Vou fazer declarações fortes e prová-las, porque não estou aqui para fazer acusações levianas. O ministro Alexandre de Moraes é um criminoso”, disse Malafaia em discurso.
Bolsonaro participa do ato
O evento contou com a presença de Jair Bolsonaro, que também discursou ao lado de aliados políticos. O ex-presidente é um dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O relator do caso no STF é Alexandre de Moraes.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do partido na Câmara, também participou do ato e anunciou que irá protocolar um pedido de urgência para a votação do PL da Anistia, que busca absolver os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
Julgamento no STF
A manifestação ocorre poucos dias antes da Primeira Turma do STF analisar, nos dias 25 e 26 de março, se aceita a denúncia da PGR contra os investigados pela suposta trama golpista. Até o momento, a Corte já condenou 476 pessoas pelos atos de 8 de janeiro, quando os prédios dos Três Poderes foram invadidos e depredados.
A CNN entrou em contato com o ministro Alexandre de Moraes para comentar as declarações de Malafaia, mas ainda não obteve resposta.
Entenda o caso: atos de 8 de janeiro e o PL da Anistia
- Em 8 de janeiro de 2023, manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.
- A PGR denunciou 34 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, por suposta tentativa de golpe.
- O STF já condenou 476 envolvidos nos ataques.
- O PL da Anistia foi apresentado para absolver os participantes dos atos.
- O julgamento no STF está marcado para 25 e 26 de março.