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Serial killer: Universitária é presa acusada de matar quatro pessoas com veneno

Ministério Público afirma que estudante de direito agiu com irmã gêmea e comparsa para se apropriar de bens das vítimas em SP e RJ

A universitária Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, foi presa preventivamente sob acusação de assassinar quatro pessoas por envenenamento nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o Ministério Público, a estudante de direito é uma “serial killer” que teria atuado entre janeiro e maio de 2025, atraindo as vítimas com promessas de amizade ou envolvimento amoroso.

Os promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Caceres Stefanoni classificaram o caso como “de extrema gravidade” e pediram à Justiça a conversão da prisão temporária em preventiva. “Estamos diante de uma verdadeira serial killer”, afirmaram no documento de acusação.


O perfil e o modo de agir da suspeita

De acordo com o Ministério Público, Ana Paula se aproximava das vítimas fingindo interesse afetivo ou amizade para se apoderar de seus bens. As investigações apontam que ela contou com a ajuda da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, e de Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas.

As duas comparsas também estão presas — Roberta, detida em agosto em São Paulo, e Michelle, capturada em Duque de Caxias, no início de outubro. Ambas cumprem prisão temporária até a conclusão do inquérito.

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As vítimas confirmadas até o momento são:

  • Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, mortos em Guarulhos (SP);
  • Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias (RJ);
  • Hayder Mhazres, tunisiano, assassinado na capital paulista.

Laudos toxicológicos devem confirmar qual substância foi usada nos crimes.


O caso do “bolo envenenado” que revelou a série de mortes

A primeira prisão de Ana Paula ocorreu em 9 de julho, após a suspeita de tentar envenenar colegas da faculdade com um bolo contaminado. Segundo o delegado Halisson Ideiao, do 1º Distrito Policial de Guarulhos, a universitária teria preparado o alimento para incriminar a esposa de um policial militar com quem mantinha um relacionamento extraconjugal.

Durante as apurações, a Polícia Civil descobriu ligações diretas entre a estudante e as quatro mortes investigadas. “Através desse inquérito, chegamos à conclusão de que Ana Paula Veloso não era vítima, mas sim uma serial killer”, afirmou o delegado à TV Globo.

Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, foi presa preventivamente
Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, foi presa preventivamente

Prisões, denúncias e desdobramentos

Com base nas provas reunidas, a Justiça decretou, em 4 de setembro, a prisão preventiva de Ana Paula por quatro homicídios qualificados. Segundo o delegado, um dos crimes foi encomendado pela própria filha da vítima, que teria pago e financiado a viagem de Ana Paula para matar o próprio pai.

Atualmente, a estudante está detida em uma unidade prisional feminina em Guarulhos. A Promotoria investiga a possibilidade de novas vítimas, já que a suspeita teria viajado por outros estados durante o período investigado.

A apuração continua sob responsabilidade do Ministério Público de São Paulo, em cooperação com a Polícia Civil do Rio de Janeiro. A expectativa é de que o relatório final seja concluído até o fim de outubro.


Impacto e contexto social

O caso chocou a opinião pública e reacendeu o debate sobre psicopatia, manipulação emocional e crimes premeditados cometidos por mulheres, temas historicamente sub-representados nas estatísticas criminais brasileiras.

Especialistas em comportamento criminal apontam que o padrão de atuação descrito — aproximação afetiva, uso de veneno e dissimulação — se enquadra no perfil clássico de assassinas em série que buscam poder e controle, mais do que violência física direta.

Além de sua gravidade, o caso expõe fragilidades no monitoramento de crimes por envenenamento, que muitas vezes são inicialmente tratados como causas naturais.

O Diário Carioca seguirá acompanhando os desdobramentos do processo, que envolve ramificações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, e possíveis novas frentes de investigação.

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JR Vital
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.

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