Rio de Janeiro – O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) inicia, nesta sexta-feira (17), o julgamento que pode resultar na cassação do governador Cláudio Castro (PL), do vice Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). O Ministério Público Eleitoral (MPE) acusa o uso de cargos “secretos” do governo para fins eleitorais em 2022.
O que você precisa saber:
- Julgamento: TRE-RJ inicia julgamento que pode cassar Cláudio Castro e outros políticos.
- Acusação: Uso de cargos secretos na Fundação Ceperj e Uerj para obter benefícios eleitorais.
- Montante: Saques em dinheiro ultrapassaram R$ 220 milhões.
- Possíveis consequências: Cassação de mandatos e perda de direitos políticos.
Acusações de Uso de Cargos Secretos
A principal acusação envolve uma “folha de pagamento secreta” com 27 mil cargos na Fundação Ceperj e 18 mil na Uerj, conforme revelou o portal Uol. O objetivo das nomeações seria utilizar a máquina estatal para obter benefícios eleitorais. Segundo o MPE, os saques em dinheiro realizados por esses funcionários ultrapassaram R$ 220 milhões, com testemunhas confirmando que essas pessoas trabalharam em prol de campanhas eleitorais.
Outros Políticos Envolvidos
Além dos três líderes, outros políticos com cargos eletivos também são alvos de pedidos de perda de direitos políticos. Entre eles estão: Aureo Ribeiro (deputado federal pelo Solidariedade), Max Lemos (deputado federal pelo PDT), Léo Vieira (deputado estadual pelo Republicanos), Bernardo Rossi (secretário estadual de Ambiente), Gutemberg de Paula Fonseca (suplente de deputado federal pelo PL) e Marcos Venissius da Silva Barbosa (suplente de deputado federal pelo Podemos). O MPE afirma que todos praticaram abuso de poder político e econômico, utilizando a máquina pública para obter vantagens financeiras ilícitas e garantir sucesso na reeleição ao Governo do Estado nas Eleições Gerais de 2022.
Possível Desfecho
A previsão é que o julgamento não seja concluído hoje. Após o voto do relator Peterson Barroso Simão, os outros seis magistrados precisam votar. Existe a possibilidade de um deles pedir vista, o que prolongaria a análise do processo.