Rio de Janeiro – A Uerj retomou as aulas no campus Maracanã nesta terça-feira (24), após a desocupação realizada pela Polícia Militar na sexta-feira (20). Os estudantes, que ocupavam o local desde julho em protesto contra os cortes nos auxílios estudantis, entraram em confronto com a PM durante a retirada. A universidade informou que houve danos estruturais no campus e a abertura de uma sindicância para apurar os fatos.
Resumo da Notícia:
- Local: Campus Maracanã da Uerj, Rio de Janeiro.
- Data: Aulas retomadas em 24 de setembro.
- Protesto: Estudantes ocupavam o campus contra cortes nos auxílios estudantis.
- Ação policial: PM foi chamada para desocupação, resultando em confrontos.
- Danos: Universidade relatou destruição de equipamentos e abertura de sindicância.
O que aconteceu?
Após quase dois meses de ocupação no campus Maracanã da Uerj, estudantes foram retirados pela Polícia Militar, que utilizou força para desocupar o prédio. A ocupação começou em julho, quando estudantes protestaram contra cortes em auxílios oferecidos pela universidade, como o auxílio-alimentação e a bolsa-material.
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Desocupação e confrontos
Na sexta-feira (20), uma ordem judicial determinou a retirada dos estudantes. Durante a desocupação, houve confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar. Estudantes incendiaram pneus para bloquear a entrada da PM, que respondeu com bombas de efeito moral. Ao menos cinco pessoas foram presas, entre elas o deputado federal Glauber Braga (PSOL), que tentava mediar a situação e foi conduzido à delegacia.
Danos à universidade
Após a desocupação, a reitoria da Uerj relatou danos significativos no campus. Várias estruturas, como paredes, portas e mobiliário, foram destruídas. Além disso, a universidade informou que computadores foram abertos e discos rígidos contendo dados sensíveis de pesquisas foram removidos. Uma sindicância foi aberta para investigar o ocorrido.
Cortes nos auxílios estudantis
O protesto dos estudantes foi motivado pelas mudanças nos auxílios oferecidos pela Uerj. Um dos principais pontos de contestação foi a redução da bolsa-material, que passou de R$ 600 para R$ 300 semestrais. O auxílio-alimentação de R$ 300 foi extinto para estudantes que estudam em campi com restaurante popular, e a bolsa permanência, que era destinada a estudantes com renda familiar de até 1,5 salário mínimo, agora é restrita àqueles com renda de até meio salário.
A estimativa é que cerca de 1.400 alunos percam o benefício após as mudanças implementadas pela universidade.
Perguntas Frequentes sobre a Desocupação da Uerj:
Por que os estudantes ocupavam a Uerj?
Os estudantes protestavam contra os cortes nos auxílios estudantis, como a bolsa-material e o auxílio-alimentação, além das mudanças nas regras da bolsa permanência.
Quando ocorreu a desocupação do campus Maracanã?
A desocupação foi realizada pela Polícia Militar na sexta-feira, 20 de setembro.
Houve confrontos durante a desocupação?
Sim, a desocupação gerou confrontos entre manifestantes e a Polícia Militar, que utilizou bombas de efeito moral. Alguns manifestantes incendiaram pneus para bloquear a entrada da PM.
Quais foram os danos causados na Uerj?
A universidade relatou danos em estruturas como portas, paredes e computadores. Além disso, discos rígidos com dados de pesquisa foram retirados dos equipamentos.