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Vídeo: Ramagem deixa sede da PF no Rio de Janeiro em silêncio após depor por 7 horas sobre Abin Paralela

Alexandre Ramagem é investigado por uso ilegal de sistemas da Abin

Alexandre Ramagem - Foto: Reprodução
Alexandre Ramagem - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – O delegado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) e pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo PL, depôs por quase 7 horas na sede da Polícia Federal nesta quarta-feira (17). O depoimento faz parte da operação Última Milha, que investiga o possível uso ilegal de sistemas da Abin para espionar autoridades e desafetos políticos no governo Jair Bolsonaro.

O que você precisa saber

Operação Última Milha: Investiga uso ilegal de sistemas da Abin.

Depoimento: Alexandre Ramagem depôs por 7 horas na Polícia Federal.

Espionagem: Investigação sobre espionagem de autoridades e desafetos políticos.

Detalhes da Operação

A operação Última Milha, deflagrada em 11 de julho, investiga o uso de sistemas de GPS para rastrear celulares sem autorização judicial. Ramagem, então diretor da Abin, é apontado como responsável por gravar uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro e discutir o uso de órgãos públicos para interromper investigações contra o senador Flávio Bolsonaro.

Reunião Gravada

Em uma gravação feita por Ramagem em 25 de agosto de 2020, discutia-se o uso de órgãos oficiais para reverter investigações contra Flávio Bolsonaro, que era investigado por suspeita de rachadinha. Participaram da reunião Jair Bolsonaro, o ex-ministro Augusto Heleno e as advogadas de Flávio Bolsonaro.

Encontro Extraoficial

A TV Globo apurou que Ramagem teria tido um encontro extraoficial com o atual diretor da Abin, Luiz Fernando Corrêa, em junho do ano passado. Esse encontro também está sob investigação.


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Declarações de Moraes

Na segunda-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou o sigilo da gravação feita por Ramagem. Segundo as investigações, os participantes da reunião buscaram maneiras de descredibilizar investigações usando órgãos do governo.

Histórico do Caso

Em outubro de 2020, o Ministério Público do Rio denunciou Flávio Bolsonaro e outros 15 investigados pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita no esquema da “rachadinha”. Em novembro de 2021, o STJ anulou as decisões que quebravam os sigilos bancário e fiscal de Flávio Bolsonaro. Em maio de 2022, os desembargadores do Órgão Especial do TJ do Rio rejeitaram a denúncia por ausência de justa causa.