Rio Produtivo reúne empresários para discutir retomada da economia no estado

Evento vai receber autoridades políticas para debater assuntos como geração de emprego e renda, além de medidas para atrair investidores para o estado

No dia 17 de junho, o movimento Rio Produtivo reunirá empresários de diversos setores econômicos, na Barra da Tijuca (RJ), para discutir e reivindicar projetos que ajudem na retomada da economia fluminense. O objetivo é apresentar as propostas ao governo Federal e demais autoridades políticas, como o Presidente da República, Jair Bolsonaro, que tem sua presença prevista para o evento, além do Governador Claudio Castro e o senador Flávio Bolsonaro, que já confirmaram o comparecimento no encontro.

Entre os temas que serão debatidos durante o encontro estão as reformas administrativa e previdenciária e linhas de crédito para empresas que sofreram os impactos da pandemia. O evento vai reunir as principais lideranças políticas e diversos representantes de entidades empresariais do setor varejista para uma reunião estratégica com foco na recuperação da economia do RJ .

O Rio Produtivo é um movimento apartidário criado em novembro de 2020, e formado por 11 entidades empresariais, entre elas ASSERJ – Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro, Rio Indústria – Associação de Indústrias do Rio de Janeiro, Fecomércio, ABIH RJ, FBHA, SindRio, ADERJ, ABEOC, Abrasce, Rio+Pão e Associação Comercial do RJ.

O movimento foi criado com o propósito de discutir pautas comuns a todos os setores econômicos, assim como apresentar propostas que incentivem os negócios no estado do RJ. Desde o ano passado, o Rio Produtivo já tem participado ativamente de reuniões com os Poderes Públicos (Executivo e Legislativo dos três entes Federativos), e o objetivo é envolver autoridades e a sociedade civil para juntos, recuperarmos as ações econômicas e sociais do Rio.

DADOS DO MOVIMENTO RIO PRODUTIVO

Com mais de 17 milhões de habitantes, o estado do RJ possui o segundo maior PIB do País. E o setor de serviços é fundamental para a recuperação da crise. O estado tem, atualmente, 23 mil indústrias e 350 mil estabelecimentos comerciais. Mas, devido à pandemia, muitos empregadores reduziram postos de trabalho.

Um exemplo que o movimento ressalta é sobre o setor de bares e restaurantes, que empregava no Estado antes da pandemia cerca de 170.000 pessoas (empregos diretos formais, dados CAGED), sendo o maior empregador de jovens entre 18 e 24 anos. Entre março de 2020 e março de 2021, 16 mil postos de trabalho formal foram encerrados. A expectativa é de que o setor retome lentamente aos patamares econômicos anteriores à pandemia, atingindo esse nível em meados de 2022.

De acordo com levantamento da SindRio, feito em maio de 2021, 71% dos bares e restaurantes do Rio de Janeiro afirmam ter dívidas, sobretudo bancárias e tributárias. Desses, 62% afirmam não ter capital de giro para funcionar em caso de novas restrições. 75% das empresas promoveram demissões desde o início da pandemia, e 68% consideram o capital de giro e as dívidas como principais desafios no ano. 40% ainda estão com faturamento abaixo da metade do que tinham antes da pandemia.

Outro setor que integra o movimento é o supermercadista. Este foi um dos poucos que contratou em meio à pandemia. De acordo com levantamento da ASSERJ, junto às redes associadas, considerando vagas fixas, temporárias ou novas posições, o setor gerou mais de 5 mil oportunidades de emprego no Estado, desde o início da pandemia, de março a dezembro de 2020, e promove cerca de 200 mil empregos diretos.

Já o setor industrial que também faz parte do Rio Produtivo, responde por 24% da economia do Estado do Rio de Janeiro, sendo a segunda mais importante do país. Distribuídas por todas as regiões do Estado, estão 25 mil plantas industriais dos mais diversos portes: micro, pequenas, médias e grandes empresas, que empregam 580 mil funcionários com carteira assinada.

PROTOCOLOS DE SEGURANÇA

O encontro seguirá rigoroso protocolo de segurança, como o distanciamento físico, o uso de máscaras, álcool em gel em todo o ambiente, além da medição de temperatura, ao adentrar o local do almoço. O salão reservado para o encontro, no Hotel Windsor Barra, também vai funcionar com menos de 40% da sua capacidade, determinado por lei, e respeitando todas as medidas restritivas para conter à Covid-19