Negacionismo e Omissão

Após 5 anos e mais de 700 mil mortes, acervo digital expõe negacionismo na pandemia de Covid no Brasil

Projeto reúne documentos que mostram ações contra a ciência durante a crise sanitária

JR Vital
por
JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
3 Min Read
Jair Bolsonaro sempre incentivou o tratamento precoce, com uso de medicamentos, como a cloroquina, que não têm eficácia comprovada contra a COVID-19 (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

São Paulo – Hoje (12), completam-se cinco anos da primeira morte registrada por Covid-19 no Brasil. Para marcar a data, o Centro de Estudos SoU_Ciência, da Unifesp, lançou o Acervo da Pandemia, um repositório digital que documenta a desinformação e as políticas adotadas durante a crise sanitária.

  • São Paulo – Hoje (12), completam-se cinco anos da primeira morte registrada por
  • O projeto, desenvolvido em parceria com diversas instituições, apresenta documen
  • O material detalha a disseminação de desinformação e as estratégias de combate à

O projeto, desenvolvido em parceria com diversas instituições, apresenta documentos que apontam como interesses políticos e econômicos incentivaram práticas contra a ciência. O material detalha a disseminação de desinformação e as estratégias de combate às medidas de prevenção da doença.

Documentos comprovam desinformação

O Acervo da Pandemia disponibiliza aproximadamente 250 registros, incluindo textos, áudios e vídeos. O material analisa o papel do governo Jair Bolsonaro (PL) na crise, destacando o incentivo ao uso de medicamentos ineficazes, a negação de vacinas e o boicote às medidas sanitárias.

O SoU_Ciência enfatiza que os documentos seguem critérios científicos e revelam como um sistema articulado de agentes políticos e econômicos colocou a população em risco. “Alguns desses materiais contêm discursos autoincriminatórios e evidenciam as condutas que levaram à ampliação do número de mortes evitáveis”, destacou a instituição.

Impacto das políticas adotadas

Durante o governo Bolsonaro, a pandemia registrou quase 700 mil mortes no Brasil. Em abril de 2021, o país atingiu o pico de mais de 4 mil mortes diárias.

Especialistas apontam que o alto número de vítimas poderia ter sido reduzido com políticas de prevenção mais eficazes. O acervo também destaca o impacto da desinformação sobre a população e suas consequências na adoção de medidas protetivas.

- Publicidade -

Entenda o caso: negacionismo e a pandemia no Brasil

  • Incentivo a medicamentos ineficazes: Uso de substâncias sem comprovação científica.
  • Ataques à vacina: Discursos contra a imunização dificultaram adesão da população.
  • Boicote às medidas sanitárias: O governo questionou o uso de máscaras e o isolamento social.
  • Desinformação sobre a pandemia: Dados foram minimizados e alertas ignorados.
- Publicidade -
Assuntos: