Linha Vermelha é fechada para transporte de órgão no Rio

Paciente quase não conseguiu chegar ao hospital no por causa de um tiroteio

André Luiz
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A Linha Vermelha foi interditada nos dois sentidos na manhã desta terça-feira (1) para permitir a passagem de um veículo da Secretaria Municipal de Saúde que transportava um fígado destinado a um transplante.

O órgão tinha como destino o Hospital Silvestre, localizado no Cosme Velho, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde uma paciente aguardava a cirurgia.

O fígado, proveniente do Espírito Santo, onde vivia o doador, foi transportado de avião até o Rio de Janeiro. Em casos de doação de órgãos, a rapidez no transporte é essencial para garantir a viabilidade do transplante, o que torna necessário o uso de recursos ágeis para o deslocamento. No entanto, como o hospital de destino não possui uma área para pouso de helicópteros, o órgão foi levado de carro até o local, chegando às 7h20.


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A receptora do fígado, uma mulher de 69 anos, reside em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e estava na fila de espera por um transplante de fígado há três meses. Sua família foi alertada pelo órgão regulador de transplantes sobre a necessidade urgente de deslocamento ao hospital.

No entanto, o transporte da paciente foi atrasado devido a um tiroteio que ocorria nas proximidades de sua residência, o que quase comprometeu sua ida ao hospital. Caso não chegasse a tempo, a paciente poderia perder o lugar na fila para o próximo compatível.

A chegada ao Hospital Silvestre só aconteceu às 6h desta terça-feira, pouco antes do transplante. A equipe médica iniciou o procedimento logo após sua chegada, e a previsão é de que a operação dure cerca de cinco horas.

Paciente recebe órgão transplantado no Rio
Foto: Reprodução / TV Globo

O doador do órgão era um homem de 55 anos, residente em Vitória, no Espírito Santo, que teve morte encefálica. O transporte rápido do fígado foi fundamental para que o transplante fosse realizado.

No Brasil, mais de 44 mil pessoas aguardam atualmente por um transplante de órgão, ressaltando a importância de operações logísticas eficazes para salvar vidas.

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