Sofrimento

Mulher com "a pior dor do mundo" considera eutanásia

Carolina Arruda, de 27 anos, deixa hospital em Minas Gerais e busca alternativas para controlar sua dor

Carolina Arruda foi diagnosticada com “a pior dor do mundo”. Foto: reprodução
Carolina Arruda foi diagnosticada com “a pior dor do mundo”. Foto: reprodução

Alfenas – MG – A estudante Carolina Arruda, de 27 anos, recebeu alta da Santa Casa de Alfenas na última sexta-feira (30), após quase dois meses internada para tratar a neuralgia do trigêmeo, uma condição que provoca dores intensas, considerada por muitos como “a pior dor do mundo”.

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Carolina, que lida com uma forma rara e bilateral da doença, se mudará para a casa dos sogros em Lavras, onde pretende descansar e buscar novas opções de tratamento, incluindo a possibilidade de eutanásia.

Resumo da Notícia

Possibilidade de eutanásia: Carolina considera a eutanásia se não houver melhora significativa nos próximos meses.

Alta hospitalar: Carolina Arruda deixou a Santa Casa de Alfenas após quase dois meses de internação.

Tratamentos realizados: Ela passou por procedimentos que incluíram a colocação de uma bomba de infusão de medicamentos.

Estado atual: A dor estabilizou-se em uma escala de 5 a 6, com redução das crises diárias.

O que é a neuralgia do trigêmeo?

A neuralgia do trigêmeo é uma condição que provoca dores intensas na face, causadas por problemas no nervo trigêmeo.

Quais são os sintomas?

Os sintomas incluem dores lancinantes e sensação de choque na região facial, que podem ser debilitantes.

Como é feito o tratamento?

Os tratamentos podem incluir medicamentos, neuroestimulação e, em alguns casos, cirurgia.

A eutanásia é uma opção?

No Brasil, a eutanásia não é legalizada, mas Carolina busca realizar o procedimento na Suíça, onde é permitido.

Durante sua internação, Carolina passou por dois procedimentos médicos. O primeiro foi o implante de neuroestimuladores na medula espinhal e no gânglio de Gasser, que não teve sucesso. O segundo, realizado em 17 de agosto, foi a colocação de uma bomba de infusão de medicamentos. Apesar das dificuldades, ela relata uma leve melhora, com a dor basal estabilizada entre cinco e seis em uma escala de dez.


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As crises diárias, que antes ocorriam 50 vezes, agora foram reduzidas para 20.“Estou atenta e não vou depositar tanta esperança, pois tenho medo de me decepcionar”, afirmou Carolina, que considera a eutanásia caso as novas terapias não apresentem resultados significativos. Ela planeja aguardar seis meses para avaliar a eficácia da bomba de infusão antes de tomar uma decisão definitiva.

A estudante mantém a expectativa de uma melhora mais acentuada, conforme conversado com seu médico. “Minha ideia para abandonar a eutanásia era que a dor reduzisse em 50%. Até agora, diminuiu cerca de 25%”, concluiu Carolina, expressando esperança, mas cautela em relação ao futuro de seu tratamento.