Maio Laranja une personalidades do esporte, times de futebol e entidades de ensino

Para enfatizar a importância da Campanha Maio Laranja, marcada pela conscientização sobre a prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes, o Ministério da Cidadania (MC), em parceria com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), buscou o apoio de diversos clubes de futebol, atletas e ex-atletas de destaque, além de universidades e entidades de ensino superior. Todos estarão engajados em diversas ações ao longo deste mês.

Atletas como o multicampeão da natação e maior nome da história do país no esporte paralímpico, Daniel Dias; os campeões olímpicos de vôlei Serginho, Fofão e Paula Pequeno; a rainha do basquete, Hortência; o medalhista olímpico do atletismo André Domingos; o ex-jogador de futebol Somália; o zagueiro do Grêmio, Geromel; o jogador da Seleção Brasileira de Futebol de Nanismo (BRASA), Leonardo Conceição; e o ex-jogador de futebol, Ivo, gravaram vídeos de apoio ao Maio Laranja, que serão divulgados nas redes sociais dos ministérios e das entidades apoiadoras da campanha.

Entre os clubes de futebol, Athletico Paranaense, Flamengo, Grêmio, Internacional, Náutico, Santos, São Paulo e Retrô Brasil uniram-se ao time de apoiadores e promoverão outras iniciativas, como iluminação em estádio, veiculação de vídeos sobre o Maio Laranja nos telões das arenas durante as partidas e divulgação das ações nas redes sociais.

O Instituto Federal do Ceará, a Universidade Federal do Ceará, a Universidade Federal do Amazonas, a Universidade Federal de Santa Catarina, a Universidade do Estado de Mato Grosso, a Universidade Federal de Viçosa, a PUC/RS e o Centro Universitário UNIBRA também entraram na campanha e ampliarão a divulgação nas redes sociais.

A campanha conta ainda com a participação do Ministério da Educação, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE).

Números

Segundo as estatísticas do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH/MMFDH), somente em 2022, até o dia 13 de maio, foram contabilizados 53,8 mil registros de denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Destas, 7,1 mil são de violência sexual. Os números revelam ainda que a maioria das violações ocorrem na casa onde residem a vítima e o suspeito (28,4 mil).

Para a titular do MMFDH, Cristiane Britto, o esporte é um importante instrumento de conscientização. “O esporte nos prende a atenção, temos nele grandes nomes e todos nós já nos inspiramos em algum atleta. Nada melhor do que termos essas referências ao nosso lado para potencializar uma campanha fundamental como é o Maio Laranja. Sem dúvidas as pessoas vão conhecer melhor os nossos canais de proteção e aprender a denunciar. Vão entender que o Governo Federal oferece ferramentas para que um crime absurdo como a exploração sexual não fique impune”, salientou a gestora.

Já o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, disse que a pasta não poderia deixar de abraçar uma campanha como o Maio Laranja. “Somos o braço social do Governo Federal. Temos como missão proteger e cuidar de todos os brasileiros, principalmente de nossas crianças e adolescentes. Muitos deles, infelizmente, vivem a triste realidade de abusos. Espero que a campanha ajude a mudar essa realidade perversa e desumana”, apontou Bento.

O secretário especial do Esporte do MC, Marcelo Magalhães, agradeceu a todos os atletas, ex-atletas, times de futebol e instituições de ensino que se sensibilizaram com a campanha. “O esporte é um vetor importantíssimo de transformação social em nosso país e em qualquer lugar do mundo. Com todo esse engajamento, certamente vamos reverberar as discussões em torno desse triste problema e abrir mais caminhos para proteger nossas crianças e adolescentes”, explicou.

Maio Laranja

A Campanha Maio Laranja, promovida pelo MMFDH, chama atenção para a prevenção do abuso e da exploração sexual de crianças e adolescentes. O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes acontece em 18 de maio. A data faz referência à memória da menina capixaba Araceli Crespo, de apenas oito anos de idade. Ela foi sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta em 1973.

A violência sexual de crianças e adolescentes pode ocorrer em várias idades (incluindo bebês). O abuso sexual se configura quando a criança é utilizada por adulto, ou até um adolescente, para praticar algum ato de natureza sexual. Já a exploração sexual é quando eles são utilizados com propósito de troca ou de obter lucro financeiro ou de outra natureza em turismo sexual, tráfico, pornografia, ou também em rede de prostituição.

Disque 100

O Disque 100, ou Disque Direitos Humanos, é um serviço do MMFDH. A central recebe denúncias de abuso e exploração contra crianças e adolescentes diariamente, 24h, inclusive nos finais de semana e feriados.

As denúncias são anônimas e podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita para o número 100, pelo whatsapp: (61) 99656-5008, ou pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil, onde o cidadão com deficiência encontra recursos de acessibilidade para denunciar.