COP26 é a "última esperança" para meta de 1,5ºC, diz presidente da cúpula

Glasgow (R.Unido), 31 out (EFE).- O presidente da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), Alok Sharma, disse neste domingo que esta reunião é a “última grande esperança” para cumprir a meta de manter o aquecimento global em 1,5ºC, acima dos níveis pré-industriais.

“Nosso amado planeta está mudando para pior”, admitiu o britânico Sharma na abertura da conferência, que será realizada na cidade de Glasgow, na Escócia, até 12 de novembro, mas ao mesmo tempo ressaltou que a humanidade sabe o que tem que fazer para evitar isso.

Alok Sharma estava esperançoso de que as negociações abertas hoje, antes de 120 líderes mundiais se reunirem em Glasgow amanhã para dar impulso político às negociações, possam resolver questões pendentes e encerrar com um acordo.

“Se agirmos agora e juntos, podemos proteger nosso amado planeta. Portanto, vamos nos unir nas próximas duas semanas e garantir que o que Paris prometeu seja alcançado por Glasgow”, disse o ex-ministro conservador do governo britânico.

Ele lembrou que a pandemia da covid-19 obrigou o adiamento da COP26 por um ano, “mas durante esse ano as mudanças climáticas não tiraram férias”.

Sharma referiu-se ao último relatório do IPCC, que no mês de agosto confirmou que as mudanças climáticas são “sem dúvida” causadas pela atividade humana e destacou que o estudo, assinado por 195 governos, fez soar o alarme e mostra que “a janela está se fechando”.

“Em cada um dos nossos países, estamos vendo o impacto devastador das mudanças climáticas”, disse, exemplificando-o nas inundações, secas ou temperaturas extremas registradas este ano em diferentes partes do mundo.

E ele agradeceu especialmente aos delegados por seus “esforços” para virem ao Reino Unido “apesar da pandemia”. EFE