LinkedIn anuncia fechamento de portal na China

San Francisco, 14 out (EFE).- A plataforma de contatos profissionais LinkedIn anunciou nesta quinta-feira o fechamento do portal na China, por causa “das dificuldades operacionais e dos requisitos” impostos pelo governo do país asiático.

A rede social, que é propriedade da Microsoft, era a única de grande porte do Ocidente que seguia operando na China, onde o Facebook, que é proprietário de Instagram, WhatsApp e Messenger, e o Twitter estão proibidos desde 2009. Já o Google deixou o país em 2010, também devido as restrições impostas pelo governo local.

“Enfrentamos um entorno operativo significativamente mais difícil e a grandes requisitos de conformidade na China”, aponta texto publicado no blog corporativo da plataforma.

Em março, o governo do país asiático deu prazo de 30 dias para que a plataforma aumentasse a regulação dos conteúdos, segundo informou hoje o jornal americano The Wall Street Journal.

A partir disso, ocorreram várias notificações por parte do LinkedIn a usuários cujos perfis passavam a estar bloqueados, entre eles, ativistas defensores dos direitos humanos e jornalistas, que compartilharam conteúdos proibidos pelo Partido Comunista.

Uma versão “localizada” da plataforma foi lançada na China em 2014, já com adesão à censura governamental imposta no país. No entanto, nos últimos meses, houve um endurecimento nas restrições, o que levou a medida adotada hoje.

“Embora tivemos êxito ao ajudar os usuários chinesas a encontrar trabalho e oportunidades econômicas, não conseguimos o mesmo êxito nos aspectos mais sociais, de compartilhar conteúdos e estar informado”, indica o texto publicado.

A data precisa do fechamento da plataforma na China ainda não foi divulgada, no entanto, a expectativa é que aconteça até o fim do ano. EFE