Morro do Rangel, no Recreio dos Bandeirantes, pode ser protegido por unidade de conservação ambiental

Projeto do vereador Marcio Ribeiro pretende ampliar a proteção do local que abriga espécies de flora endêmicas e ameaçadas de extinção

A proteção do meio ambiente e a sustentabilidade devem sempre ser levadas em consideração quando se planeja o desenvolvimento de uma cidade. Esse foi um dos motivos que levou o vereador Marcio Ribeiro (AVANTE) a dar entrada no projeto de lei que solicita a criação de uma unidade de conservação (UC) no Morro do Rangel, no Recreio dos Bandeirantes. O local apresenta grande diversidade de espécies de flora endêmicas e ameaçadas de extinção, cavernas e vestígios arqueológicos. Mesmo com a sua importância arqueológica, cultural, turística e ecológica, o Morro do Rangel está sendo ameaçado pelo seu uso desordenado. São cada vez mais comuns problemas como descarte de lixo, incêndios e a presença de grandes grupos de visitantes que não recebem nenhuma orientação para a conservação da área, impactando o local.

A criação de uma unidade de conservação é de fundamental importância para garantir a preservação da diversidade biologia, promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais e proteção das comunidades tradicionais, seus conhecimentos e cultura, além de proporcionar pesquisas científicas, manejo e educação ambiental na busca pela conservação do meio ambiente. Para o parlamentar, se aprovado, o PL amplia a proteção e conservação do morro:

“No Rio de Janeiro, apesar de existir lugares com grande concentração de fauna e flora, como o Parque Nacional da Tijuca e o Parque Estadual da Pedra Branca, a natureza tem sofrido com a ocupação de maneira irregular, o descarte de lixo e o descaso público. As unidades de proteção são um patrimônio comum e pertencem a toda população os moradores. Estar atento a essas áreas é fundamental para manter a qualidade de vida de todos nós”,  disse o vereador.

Na justificativa do projeto consta o tombamento do Morro do Rangel pelo INEPAC, em 1972, por terem sido encontrados vestígios arqueológicos no local. O documento ainda apresenta outro motivo para justificar a importância da criação de uma Unidade de Conservação: o Morro é considerado um inselberg, uma feição geológica que apresenta altas taxas de endemismo de plantas por seu relativo isolamento. Portanto, caso a proposta seja sancionada pelo prefeito, o Rio vai ter mais uma área ambiental preservada, fortalecendo o ecoturismo e atividades de lazer na região