Oi Futuro apresenta a segunda edição do projeto RESSONANCIAS com obra inédita de Mariana Manhães

Mariana Manhães, que explora de forma singular o elo entre artes visuais, sonoridade e tecnologia, é a convidada da curadora Fernanda Vogas para criar e expor uma obra inédita na segunda edição do projeto “Ressonâncias”, que estará no Centro Cultural Oi Futuro de 15 de fevereiro até 26 de março, gratuito

A imaginação e a linguagem sempre permearam as obras de Mariana Manhães. Ela cria animações a partir de imagens que estão presentes em sua vida cotidiana. Desde 2005, começou a fazer peças em que todos os eventos dentro da obra eram consequências do comportamento dessas animações.

Mariana Manhães © Renato Mangolin
Mariana Manhães © Renato Mangolin

A obra, “Prenúncio da saliva”, criada especialmente para o Ressonâncias, é uma máquina instalação que propõe uma realidade própria na esfera da imaginação. A artista transformou a galeria do nível 4 do Centro Cultural Oi Futuro em seu ateliê. A obra foi praticamente toda construída dentro da galeria, numa produção integrada com o espaço expositivo.

A artista convida os visitantes a pensarem além do antropos. Ao entrarem na sala, os visitantes serão apresentados a uma situação que não se revela facilmente: uma parte da galeria é isolada por plástico transparente, criando uma espécie de paisagem. Movimentos acontecem dentro desse espaço, que nem sempre são fáceis de serem desvendados. Para quem olha, dá-se a impressão de ver uma topografia de alguma ordem. 

Mariana Manhães © Renato Mangolin
Mariana Manhães © Renato Mangolin

Do lado de fora desse espaço isolado, um monitor de LCD apresenta uma paisagem que se mexe, como se fosse um ser vivo. Esse movimento acontece em sincronia com uma voz, que parece ser da própria paisagem, transformando-a num personagem que fala. Sua fala é acompanhada pelo movimento de pedaços de tecido e plástico, que adentram pela área da “topologia” e a transformam. O espaço é permeado pelos movimentos, voz e ruídos de funcionamento da obra em si.

Idealizado pela curadora Fernanda Vogas, o projeto Ressonâncias conjuga arte contemporânea, sonoridade, ciência e novas tecnologias. A cada edição, um artista contemporâneo é convidado para criar e produzir uma obra inédita e específica para o projeto. 

“O projeto Ressonâncias materializa a vocação do Centro Cultural Oi Futuro, que é impulsionar a convergência entre arte contemporânea e tecnologia, possibilitando a criação de obras inéditas, que dialogam com o espaço arquitetônico, e de novas formas de interação entre público e obra”, afirma Victor D’Almeida, gerente de Cultura do Oi Futuro.

Mariana Manhães © Renato Mangolin
Mariana Manhães © Renato Mangolin

Além da exposição da obra “Prenúncio da saliva” o projeto também irá oferecer a palestra ‘Entre a criação e a exposição: o espaço expositivo como ateliê da artista’, na qual a artista e a curadora falarão sobre o processo de criação e construção da obra. A palestra/roda de conversa será realizada na Casa França Brasil com entrada gratuita.

“A arte contemporânea se reinventa a todo instante. A obra de Mariana Manhães desconstrói formalidades, reorganiza materiais, objetos e o próprio espaço de uma forma inovadora”, afirma Fernanda Vogas, curadora da exposição. 

Sobre o Oi Futuro

O Oi Futuro, instituto de inovação e criatividade da Oi para impacto social, atua como um laboratório para cocriação de projetos transformadores nas áreas de Educação e Cultura. Há 20 anos conectando pessoas a novos futuros, por meio de iniciativas e parcerias em todo o Brasil, o Oi Futuro estimula indivíduos, organizações e redes para a construção de um mundo melhor, mais potente, com mais inclusão e diversidade.

Desde 2005, o Oi Futuro mantém um centro cultural no Rio de Janeiro, com uma programação diversa e audaciosa que valoriza a convergência entre arte contemporânea e tecnologia. O espaço também abriga o Musehum – Museu das Comunicações e Humanidades, com acervo de mais 130 mil peças, que convida os visitantes a vivenciar a história de forma interativa e a refletir sobre o impacto da tecnologia na sociedade. Também há 18 anos o Oi Futuro gerencia o Programa Oi de Patrocínios Culturais Incentivados, que seleciona projetos em todas as regiões do país por meio de edital público. Desde 2003, foram mais de 2.500 projetos culturais apoiados pelo Oi Futuro, que impactaram mais de 1,8 milhão de pessoas no Brasil.

O instituto também criou e mantém o LabSonica, laboratório de experimentação sonora e musical, sediado no Lab Oi Futuro, no Rio de Janeiro, que oferece infraestrutura para que bandas, músicos, produtores, pesquisadores da arte sonora, gravadoras independentes, desenvolvedores e outros talentos realizem seus projetos sonoros e viabilizem produções independentes. Por meio de editais, residências e ciclos de aceleração, como o programa ASA (Arte Sônica Ampliada), o Oi Futuro impulsiona a equidade de gênero e a diversidade em toda a cadeia produtiva da indústria musical brasileira.

Obra

Prenúncio da saliva / 2023 – Vídeo animação, circuitos eletrônicos, canos de pvc, espuma expansível, TV LED, media player, plástico, ventiladores industriais e outros materiais. Aprox.: 70m²

Centro Cultural Oi Futuro | Nível 4

15 de fevereiro a 26 de março

Quarta a domingo, das 11h às 20h

Palestra/ Roda de Conversa

‘Entre a criação e a exposição: o espaço expositivo como ateliê da artista’

Casa França Brasil | Sala de leitura

25 de março, às 15h, gratuito

Tradução LIBRAS

SERVIÇO

Exposição: “Ressonâncias”

Artista: Mariana Manhães

Curadoria: Fernanda Vogas

Local: Centro Cultural Oi Futuro 

(Rua Dois de dezembro 63 – Flamengo – RJ – Tel.: 3131-3060

Visitação: 15 de fevereiro até 26 de março

Dias e horário: quarta a domingo, das 11h às 20h

Entrada Franca | Classificação livre

Mariana Manhães (Niterói, RJ) participou de exposições em diversos museus e galerias no Brasil e exterior, dentre os quais se destacam: MuBE (São Paulo), Bienal de Vancouver (Vancouver, Canadá), ShanghArt Gallery (Xangai, China), The Mattress Factory (Pittsburgh, EUA), Bozar Museum (Bruxelas, Bélgica), Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília), Martin-Gropius-Bau Museum (Berlim, Alemanha), Instituto Itaú Cultural (São Paulo), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo), Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Museu de Arte Moderna da Bahia (Salvador), Museu Vale do Rio Doce (Vila Velha), Galerie GP+N Vallois e Natalie Seroussi (Paris, França), entre outros. Apresentou individuais na Galeria Múltiplo (Rio de Janeiro, 2017), Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2013), Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 2010) e Museu de Arte Contemporânea (Niterói/RJ, 2007). Mariana recebeu e participou dos seguintes prêmios e residências artísticas: The Mattress Factory Residency Program (2011), Prêmio Marcantônio Vilaça – FUNARTE/MinC (2015), Vancouver Biennale Residency Program (2014), Bolsa Funarte de Estímulo às Artes Visuais / FUNARTE (2013), Salão de Goiás (2006), Salão da Bahia – Prêmio Gilberto Chateaubriand (2005). Em 2006 e 2017 foi finalista do Prêmio CNI SESI Marcantônio Vilaça (2017). Graduou-se em Psicologia pela UFF (2001) e concluiu Mestrado em Comunicação e Cultura pela UFRJ (2012). Sua formação artística aconteceu entre 1997 e 2005 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, onde atualmente é professora.

Fernanda Vogas (Rio de Janeiro/RJ), curadora desta exposição, é Mestra em Artes Visuais pelo PPGAV – UFRJ e graduada em comunicação social. Foi aluna da Escola Massana – Centre d’Art i Disseny em Barcelona e frequentou as aulas de filosofia dos professores Francisco Elia e Ivair Coelho. Fernanda é sócia diretora da Vogas Produções e vem assinando a concepção, curadoria, produção e gestão de diversos projetos de sua autoria nas áreas de artes visuais, cinema e música em convergência com as novas tecnologias. Seu currículo apresenta curadoria de exposições e mostras no Centro Cultural Oi Futuro, Centro Cultural Banco do Brasil RJ, SP, BH e DF, Caixa Cultural SP, Recife e Fortaleza, entre outros. Seu currículo como artista visual apresenta filmes experimentais premiados e exibidos no Göteborg International Film Festival (Suécia), Copenhagen Art Festival (Dinamarca), Tous Ecrans Festival (Suíça), Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano (Cuba), Cefalù Film Festival (Itália), entre outros. Em 2010 foi selecionada para participar do projeto Gesamt, filme-instalação idealizado pelo cineasta Lars Von Trier. Disaster 501: What Happened to Man? Em 2017 criou o Acusmática Visual ao lado do artista e produtor Xabier Monreal, um projeto de arte sonora com participações em festivais como o FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (2018), Bogotá Short Film Festival (2018), Arquivo em Cartaz (2018), Anima Mundi (2019), Festival Internacional de Linguagem Eletrônica (2019); Cinegrafias Sonoras (2021), entre outros.