Israel-Palestina

ONU acusa Israel e Hamas de crimes de guerra

Entidades humanitárias alertam para violações do direito internacional

Destruição de um veículo de serviços de saúde pertencente ao Ministério da Saúde durante o ataque israelense ao sul de Gaza - Reprodução/Ministério da Saúde da Faixa de Gaza
Destruição de um veículo de serviços de saúde pertencente ao Ministério da Saúde durante o ataque israelense ao sul de Gaza - Reprodução/Ministério da Saúde da Faixa de Gaza

A Organização das Nações Unidas (ONU) acusou o governo de Israel e o comando do Hamas de cometer crimes de guerra durante a guerra em Gaza. Em relatório de avaliação, os observadores independentes da ONU condenaram os atentados cometidos pelo Hamas em território israelense e os ataques de Israel que atingiram palestinos em Gaza.

O relatório da ONU destaca que ambos os lados do conflito cometeram violações do direito internacional humanitário, que regula as relações entre organizações e Estados e estabelece regras para limitar a legalidade de guerras.

Entre as violações apontadas pela ONU estão:

  • Ataques à população civil, incluindo mulheres, crianças e idosos;
  • Uso de armas ou métodos de guerra proibidos, como foguetes de longo alcance e artilharia pesada;
  • Homicídio, tortura e outros atos de violência contra civis;
  • Uso indevido de uniformes de entidades humanitárias.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que “os civis envolvidos no conflito devem ser protegidos e não podem ser usados como escudos”. Ele também defendeu que os civis em Gaza devem ter acesso à ajuda humanitária.

A entidade Médicos Sem Fronteiras (MSF) também denunciou as violações do direito internacional humanitário por parte do Hamas e de Israel. A MSF afirmou que “está horrorizada com o brutal assassinato em massa de civis perpetrado pelo Hamas e com os intensos ataques a Gaza que estão sendo realizados por Israel”.

O diretor do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Fabrizio Carboni, alertou para os riscos de colapso do sistema de saúde em Gaza. “Com a falta de eletricidade, falta luz nos hospitais, o que coloca em perigo recém-nascidos em incubadoras e pacientes idosos que precisam de oxigenação”, afirmou.