Organização Mundial da Saúde autoriza uso emergencial da Covaxin

Genebra (Suíça), 3 nov (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta quarta-feira o uso emergencial da Covaxin, vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, que não é utilizada no Brasil, mas que teve possível compra na mira da CPI criada no Senado.

O imunizante é o sétimo que recebe sinal verde da OMS, depois dos produzidos pela Pfizer, Oxford/AstraZeneca, Johnson & Johnson (Janssen), Moderna, Sinovac (Coronavac) e Sinopharm.

A aprovação para uso emergencial abre a possibilidade de inclusão da Covaxin no programa Covax, criado pela OMS para distribuir vacinas contra a covid-19 de forma igualitária em todo o planeta.

Como nos casos anteriores, um grupo de especialistas da agência da ONU examinou os padrões de qualidade, eficácia e segurança do imunizante da Bharat Biotech, desenvolvida a partir de versões inativas do novo coronavírus.

De acordo com testes, a Covaxin tem 78% de eficácia, e a OMS recomenda que sejam aplicadas duas doses da vacina, com, pelo menos, duas semanas de diferença entre a primeira e a segunda.

Ainda conforme informou a Organização Mundial da Saúde, o imunizante desenvolvido na Índia é “extremamente apropriado para países de baixa e média renda, pela facilidade de armazenamento”.

No Brasil, o Ministério da Saúde suspendeu contrato de compra da Covaxin, depois que foram divulgadas supostas irregularidades durante a CPI da Covid-19, no Senado Federal.

Em julho deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu encerrar o processo sobre o pedido de uso emergencial da vacina no país. EFE