Paulo Coelho apresenta na Rússia série ilustrada com suas obras

O escritor Paulo Coelho apresentou nesta quarta-feira, na Rússia, uma nova série ilustrada, que reúne as obras mais conhecidas que publicou

Moscou, 6 out (EFE).- O escritor Paulo Coelho apresentou nesta quarta-feira, na Rússia, uma nova série ilustrada, que reúne as obras mais conhecidas que publicou, em que busca unir palavras e imagens, chegando assim à população do país.

“Para fazer uma obra de arte completa, você deve tocar não apenas o cérebro, mas também o coração, e a ilustração, diferente do texto, toca, justamente, o coração dos leitores”, disse o brasileiro, em entrevista coletiva organizada pela agência de notícias “TASS”.

As ilustrações da série ficaram sob a responsabilidade da artista e designer gráfica estoniana Eva Eller.

O escritor, segundo o qual, “o leitor perfeito é aquele que me lê”, comemorou a possibilidade de ser reeditado na Rússia, onde, durante quase uma década foi lido exclusivamente em edições piratas, e logo conseguiu conquistar o mercado editorial.

Eller foi escolhida para ilustrar a série pela “conexão” especial com a obra de Paulo Coelho e para oferecer um “mundo visual único, que complementa harmonicamente o texto”, afirmou Ekaterina Potapova, representante da editora ACT, que está lançando a obra.

“A coleção gira em torno das viagens, mas não as viagens físicas, mas sim as metafísicas, viagens interiores, de autoconhecimento. Buscamos um artista que não refletisse paisagens reconhecíveis geograficamente, mas sim que criasse uma realidade à margem do tempo”, explicou Potapova.

A chefe de redação da coleção, Maria Kurunian, agradeceu ao escritor brasileiro por permitir que a ACT publicasse sua mais recente obra, “O caminho do arco” e ainda reeditar em russo os títulos mais conhecidos, como “O Alquimista”.

A editora já venceu mais de 3 mil exemplares das duas obras e edita outros cinco volumes, os primeiros de uma coleção mais ampla.

Paulo Coelho, autor de quase 30 livros, já vendeu mais de 320 milhões de exemplares em 170 países. As obras foram traduzidas em 83 diferentes idiomas. EFE