Guerra Carioca

Morte de sobrinho de 'Zinho' provoca retaliação de milicianos no Rio de Janeiro

Faustão foi morto em confronto com a polícia e criminosos atearam fogo em ônibus

Matheus da Silva Rezende, sobrinho do miliciano Zinho, morre em confronto com a Polícia Civil Reprodução/Redes Sociais
Matheus da Silva Rezende, sobrinho do miliciano Zinho, morre em confronto com a Polícia Civil Reprodução/Redes Sociais

Matheus da Silva Rezende, sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o “Zinho”, foi morto em confronto com a polícia na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na tarde desta segunda-feira (23). A morte provocou retaliação de criminosos, que atearam fogo em ônibus e interromperam o serviço do BRT na região.

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Segundo a Polícia Civil, a troca de tiros ocorreu durante uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE) na comunidade Três Pontes, em Santa Cruz. Matheus, apontado como o segundo na hierarquia da milícia da região, chegou a ser socorrido pelos agentes e levado para o Hospital Municipal Pedro II, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Por volta das 15h20, um ônibus foi atravessado e incendiado na Avenida Cesário de Mello, em Cosmo. A orientação é para que pedestres e motoristas evitem a região. A MOBI-Rio, concessionária que administra o BRT, informou que, por questão de segurança, as linhas que circulam no corredor Transoeste foram suspensas temporariamente na tarde desta segunda-feira (23). Estão rodando apenas as linhas 22 (Jardim Oceânico x Alvorada); 13 (Mato Alto x Alvorada expresso) e 25 (Mato Alto x Alvorada parador).

Ainda segundo a MOBI-Rio, um articulado da antiga frota (azul) foi incendiado. Houve também uma tentativa de colocar fogo em um padron da nova frota, que estava fora de operação, mas o motorista apagou e o ônibus já está na garagem. Um segundo ônibus foi incendiado na Avenida Antares, em Santa Cruz. A via está fechada.

Faustão é acusado de envolvimento no assassinato do ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e seu cunhado Maurício Raul Attalah, em agosto de 2022, na Estrada Guando Sapé, em Campo Grande. Além dele, outros cinco criminosos, entre eles Zinho, respondem por homicídio e associação criminosa. As investigações apontaram que a execução foi motivada por uma suposta tentativa por parte de Jerominho de retomar o comando da milícia que atua na Zona Oeste.