Blindam Criminosos

🔒 PL Antifacção: Câmara aprova texto-base ‘Frankenstein’ de Derrite

Após seis versões, a Câmara aprova o texto-base do Marco Legal do Crime Organizado, que cria o crime de "domínio social estruturado" e restringe a liberdade condicional para líderes de milícias e facções.

JR Vital - Diário Carioca
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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
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Hugo Motta e Guilherme Derrite durante a votação do projeto antifacção na Câmara. Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18) o texto-base do Marco Legal do Combate ao Crime Organizado, popularmente conhecido como “PL Antifacção”. A aprovação veio após um intenso atrito político e seis versões do relatório apresentadas pelo relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP).

O projeto é a principal bandeira legislativa do governo federal para o enfrentamento de facções, milícias e grupos paramilitares no país.

⚖️ O Novo Crime e a Pena Máxima

O ponto central do substitutivo aprovado é a criação do crime de “domínio social estruturado”, voltado para organizações criminosas consideradas ultraviolentas.

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  • Pena Base: 20 a 40 anos de reclusão.
  • Pena Máxima: Pode chegar a até 66 anos de prisão nos casos de liderança das organizações ou uso de tecnologia avançada, como drones.

Além da punição rigorosa, o texto proíbe a concessão de anistia, indulto e liberdade condicional para os condenados por esse novo tipo penal.

🚨 Monitoramento e Atritos Políticos

O substitutivo também permite o monitoramento de encontros presenciais ou virtuais entre presos e visitantes no parlatório.

A tramitação do PL foi marcada por forte tensão entre o relator Derrite e o governo Lula (PT). Críticas da base aliada levaram à retirada de pontos sensíveis, como alterações na Lei Antiterrorismo. O texto final resgatou competências da Receita Federal e previu que bens apreendidos em operações da PF sejam destinados ao Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP).

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Mesmo com as alterações, setores governistas mantiveram críticas, sobretudo à regra de destinação dos recursos apreendidos, que não foram direcionados ao Funad (Fundo Nacional Antidrogas).

Com a aprovação do texto-base (370 votos favoráveis e 110 contrários), a matéria segue para análise de destaques e depois será enviada ao Senado Federal para a definição da redação final.

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JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.