Ginástica Artística do Brasil disputa cinco finais neste domingo, num dos melhores mundiais de sua história

Rebeca Andrade se apresenta na trave e no solo, onde poderá ter a companhia de Flávia Saraiva; Caio Souza faz outra final no salto, e Arthur Nory volta a estar entre os oito melhores na barra

Da Redação (SP) – O Brasil fecha neste domingo (6) sua participação no Mundial de Ginástica Artística de Liverpool, uma edição que já entrou para a história das participações do País, com a consagração de Rebeca Andrade no individual geral e o quarto lugar na competição por equipes femininas, a melhor já alcançada pelas ginastas brasileiras.

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A Ginástica do Brasil nunca chegou a tantas finais. Caio Souza vai ser o primeiro a se apresentar, no salto. Ele foi finalista nesse aparelho nos Jogos Olímpicos de Tóquio e no Mundial de 2018, no Catar. O ginasta fluminense se classificou em quinto lugar para a final em Liverpool (14.566), mas já conseguiu resultados ainda melhores – em julho, foi campeão pan-americano com 14.833, nota que o colocaria em terceiro lugar na classificatória na Inglaterra.

Rebeca volta a se apresentar na final da trave. Ela se classificou em oitavo lugar para a final desse aparelho, com 13.400.

Depois, Rebeca disputa a final do solo, na despedida de sua coreografia ao som de “Baile de Favela”. A campeã do individual geral se classificou em segundo lugar, com 14.200, atrás apenas de Flávia Saraiva, que obteve nota idêntica, mas ficou à frente no critério de desempate, por ter conseguido nota de execução mais alta.

“Estou bem focada para fazer o meu melhor”, disse Rebeca ontem, na zona mista.

Flávia, que está passando por fisioterapia a cada duas horas depois de ter sentido dores no tornozelo direito na classificatória, pediu para competir. Neste sábado, ela treinou e fez todas as acrobacias de sua série de solo.

“A Flávia tem sido submetida ao processo de reabilitação nos últimos seis dias e seu quadro tem evoluído favoravelmente. Ela pode ser retirada da prova até uma hora antes do início caso não tenha condições de competir, e vamos utilizar esse tempo. Neste sábado, ela treinou e testou seus elementos com segurança. Ela será liberada para competir caso não haja riscos para sua integridade física”, disse o fisioterapeuta Álvaro Margutti.

Flávia está otimista quanto às possibilidades de participar da final do solo. “Estou muito animada e feliz por ter apresentado essa evolução no tratamento. Eu e nossa equipe multidisciplinar fizemos o nosso melhor para que eu possa competir no domingo”.

Porath enfatizou a necessidade de Rebeca passar bem pelas horas que a separam do momento de entrar em disputa no último dia de disputas do Mundial. “Agora é se preparar bem e descansar, porque amanhã teremos dois aparelhos com uma parte artística muito representativa. A Rebeca vai abrir a prova na trave e precisa estar focada. Hoje ela começou na paralela e não é fácil abrir o aparelho”.

Arthur Nory será o último brasileiro a disputar final, na barra fixa. O ginasta campineiro, campeão nesse aparelho no Mundial de Stuttgart, em 2019, conseguiu a sétima melhor nota na classificatória (14.366).

Oitava nas paralelas. Neste sábado, Rebeca sofreu uma queda quando se apresentava nas paralelas assimétricas e ficou na oitava colocação, com 12.800. O pódio foi formado pela chinesa Xiaoyuan Wei (14.966), pela norte-americana Shilese Jones (14.766) e pela belga Nina Derwael (14.700).

“Erros acontecem.  Não sei exatamente o que aconteceu naquele momento, mas estou tranquila, faz parte”, disse Rebeca.