O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que é preciso fechar a cerca de fronteira com a Jordânia para que Israel permaneça um “Estado judeu”, reportou ontem (26) a rede de notícias Arab48. Netanyahu proferiu seus novos comentários de caráter supremacista durante um encontro recente de seu conselho ministerial. Após requerentes de asilo da Eritreia tomarem as ruas de Tel Aviv por melhores condições, no começo de setembro, Netanyahu voltou a sugerir murar a fronteira oriental para impedir a “infiltração” de africanos e outras minorias tratadas como cidadãos de segunda classe pelo Estado de apartheid. LEIA: Netanyahu pede expulsão de ‘infiltrados’ africanos de Israel “Israel é um dos poucos países do mundo que tem controle quase absoluto das fronteiras”, declarou o premiê de extrema-direita. “Contudo, não há uma cerca na fronteira oriental e é preciso fechá-la”. Deportação forçada de requerentes de asilo africanos por Israel [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]Netanyahu insistiu que países terceiros não têm capacidade de abrigar a onda de refugiados da África e outros países, ao mencionar o Chipre como exemplo. Em tom pejorativo, o líder israelense alegou que quase 7% da população cipriota já se converteu ao islamismo. Conforme Netanyahu, ao evocar concepções coloniais de “guerra demográfica”, Israel arrisca sofrer dos mesmos problemas caso as fronteiras permaneçam abertas. Segundo relatos, Israel deseja construir um muro sob pretexto de impedir o contrabando de armas da Jordânia à Cisjordânia. O exército ocupante alega ter frustrado diversas operações nos últimos meses. Israel é o único membro da Organização das Nações Unidas (ONU) que jamais declarou onde estão suas fronteiras. Críticos denunciam o expansionismo colonial sobre as terras ancestrais palestinas como razão para tanto. LEIA: Expulsão de refugiados africanos por Israel viola a lei internacional, alerta ONU
Netanyahu defende fechar fronteira oriental para preservar o ‘Estado judeu’
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