Cláudio Castro, atual governador do Rio de Janeiro, se tornou o sétimo governante fluminense a ser alvo de investigação nos últimos oito anos. A Polícia Federal (PF) indiciou Castro pelos crimes de corrupção e peculato, alegando seu envolvimento em um esquema ilícito durante mandatos anteriores, quando ocupava os cargos de vereador e vice-governador. O indiciamento foi divulgado pelo UOL e confirmado pelo blog da jornalista Camila Bonfim.
Castro nega as acusações e afirma que as suspeitas são infundadas. A defesa do governador planeja contestar o relatório da PF, alegando que buscará a nulidade do documento.
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Histórico de investigações e prisões
Nos últimos oito anos, o Rio de Janeiro tem visto uma série de governadores investigados e presos. Entre eles, cinco foram detidos:
- Moreira Franco (1987-1991): Foi preso em março de 2019 durante uma operação da Lava Jato no Rio, que também visava o ex-presidente Michel Temer. Em 2022, a denúncia por corrupção e lavagem de dinheiro foi rejeitada pelo juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, embora a decisão seja passível de recurso.
- Sérgio Cabral (2007-2014): Preso em novembro de 2016, Cabral foi acusado de receber propina para concessão de obras públicas. Ele foi condenado a penas que somavam 425 anos e foi libertado em fevereiro do ano passado após seis anos de prisão.
- Luiz Fernando Pezão (2015-2018): Foi preso em novembro de 2018, pouco antes do fim de seu mandato, sob acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Pezão permaneceu na prisão até dezembro de 2019, quando foi libertado por decisão do STJ.
- Rosinha Garotinho (2003-2006): Detida em 2017 por crimes eleitorais junto com o marido, Anthony Garotinho, ambos negaram as acusações.
- Anthony Garotinho (1999-2002): O ex-governador foi preso três vezes em um ano, entre novembro de 2016 e novembro de 2017, por crimes relacionados à corrupção e à prática eleitoral.
Outros investigados
- Benedita da Silva e Nilo Batista: Ocupavam cargos de vice-governadores e assumiram os mandatos de Garotinho e Leonel Brizola, respectivamente. Nunca foram presos.
- Wilson Witzel (2019-2020): Afastado do cargo em agosto de 2020 por suspeitas de irregularidades e desvios na área da saúde durante a Operação Tris in Idem. Witzel sofreu impeachment em abril de 2021 e negou as acusações.