Genocídio

ONU condena ofensiva de Israel na Cisjordânia e uso de 'Autodefesa'

Francesca Albanese critica justificativa de Israel em meio a ofensiva militar

Diário Carioca

30/08/2024 23:17

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Soldados israelenses prendem cidadãos palestinos durante invasão ao campo de refugiados de Nour Shams, na região de Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, em 28 de agosto de 2024 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Nova York – A relatora especial da ONU, Francesca Albanese, condenou a ofensiva militar de Israel na Cisjordânia desta semana, afirmando que a justificativa de “autodefesa” usada por Israel para os avanços coloniais é inválida. Albanese destacou que, segundo a lei internacional, a presença de Israel nos territórios palestinos ocupados é ilegal.

Resumo da Notícia

Francesca Albanese, da ONU, condena ofensiva de Israel na Cisjordânia.
Relatora rejeita alegação de “autodefesa” usada por Israel.
A ofensiva militar resultou em pelo menos 19 mortes palestinas.

Condenação da ONU e Justificativa de Israel

A relatora Francesca Albanese, representante da ONU para os territórios palestinos, condenou a recente ofensiva de Israel na Cisjordânia, que começou nas cidades de Tulkarem, Nablus e Tubas e avançou para Jenin e Ramallah. A ofensiva, que Albanese descreveu como uma escalada das violações contra os palestinos, resultou na morte de pelo menos 19 pessoas. Ela afirmou que o uso do argumento de autodefesa por Israel não se sustenta legalmente, conforme decisões anteriores do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ).

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Dados da Ofensiva e Contexto Atual

A ofensiva desta semana é a maior de Israel na Cisjordânia em duas décadas, e ocorre em meio a um cenário de escalada de violência. Desde outubro, as ações militares na região resultaram em cerca de 670 palestinos mortos e mais de 5.400 feridos. Além disso, houve um aumento significativo no número de prisioneiros políticos, com cerca de dez mil novos detidos.

Posição do Tribunal Internacional de Justiça

Francesca Albanese mencionou que o TIJ já havia decidido, há 20 anos, que Israel não poderia usar a autodefesa como justificativa para suas ações nos territórios ocupados. O tribunal reforçou recentemente que a ocupação israelense é, por si só, uma violação da lei internacional. Albanese sublinhou que a retirada das tropas e colonos israelenses é essencial para uma segurança genuína e para o respeito à integridade territorial do Estado da Palestina.