Tarcísio realiza segundo leilão de escolas em SP sob protestos

Estudantes protestam contra privatização de escolas públicas em São Paulo

Redacao
Por Redacao
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São Paulo – O Consórcio SP+Escolas venceu o leilão do Lote Leste da Parceira Público-Privada de Novas Escolas (PPP) realizado na sede da B3, bolsa de valores de São Paulo. O projeto inclui a construção de 16 escolas, que oferecerão 17,6 mil vagas em 476 salas de aula, com um investimento de R$ 11,5 milhões ao mês, um deságio de 22,51% em relação ao valor inicial previsto.

As novas unidades serão distribuídas em diversas cidades paulistas, incluindo Arujá, Campinas, Guarulhos e Sorocaba. Com três diferentes modelos de escola, as unidades incluirão espaços para atividades esportivas, auditórios multifuncionais e áreas interativas, com infraestrutura que prioriza inovação e inclusão.

Ampliação das vagas com o Lote Oeste

Na semana anterior, o consórcio Novas Escolas venceu o leilão do Lote Oeste, garantindo a construção de 17 escolas em cidades como Araras, Bebedouro e Marília. Esse lote, que atenderá 17,1 mil alunos, teve um investimento final de R$ 11,9 milhões ao mês, com um deságio de 21,43%, resultando em uma economia significativa para o estado.

Com a conclusão dos dois lotes, São Paulo terá 33 novas escolas distribuídas em 29 cidades, beneficiando 35,1 mil alunos em regime de tempo integral no ensino fundamental e médio. O governo estima um investimento total de R$ 2,1 bilhões ao longo dos 25 anos da concessão, com metade das escolas prevista para ser entregue até o segundo ano de contrato.

Objetivo da parceria e fiscalização

O governo de São Paulo visa modernizar a infraestrutura das escolas estaduais, otimizando a gestão e permitindo que professores e gestores se concentrem nas atividades pedagógicas. A Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) será responsável pela fiscalização do contrato e pela verificação dos indicadores de desempenho, com o apoio de um verificador independente.

Declarações sobre o projeto

Ney Moreira, representante do consórcio vencedor, afirmou que o projeto não se limita à infraestrutura física, mas reflete um compromisso com a formação cidadã dos estudantes. “Nosso projeto vai além da construção e operação; é um compromisso com a qualidade da educação pública, com ambientes acolhedores e seguros”, declarou.

© Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP
© Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP

O secretário estadual de Educação, Renato Feder, destacou que a parceria permitirá à secretaria focar exclusivamente na qualidade pedagógica e no aprendizado dos alunos. “Com essa PPP, cuidaremos apenas das áreas pedagógicas, enquanto a iniciativa privada se encarrega da manutenção, construção, internet e alimentação”, disse.

Já o governador Tarcísio de Freitas ressaltou a importância da renovação na infraestrutura escolar, mencionando que a maioria das escolas estaduais possui mais de 20 anos e apresenta problemas estruturais. “Queremos escolas modernas e seguras para os alunos, onde o professor se preocupe apenas com o ensino”, enfatizou.

Protestos contra a privatização

Durante o leilão, membros da Apeoesp e estudantes protestaram contra a concessão das escolas estaduais. Na semana anterior, a Apeoesp entrou com um pedido judicial para suspender o leilão do primeiro lote, mas a decisão foi revertida após recurso do governo estadual.


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Perguntas Frequentes sobre o Leilão das Novas Escolas em SP

Qual o objetivo do projeto de novas escolas em São Paulo?

O projeto visa modernizar a infraestrutura das escolas estaduais para melhorar a qualidade do ensino e aumentar a eficiência na gestão escolar.

Quantas escolas serão construídas e onde?

Ao todo, 33 escolas serão construídas em 29 cidades do estado de São Paulo, incluindo localidades como Campinas, Arujá e Sorocaba.

Qual o papel do Consórcio SP+Escolas no projeto?

O consórcio será responsável pela construção, manutenção e operação das escolas, em uma parceria que visa garantir ambientes modernos e adequados.

Como o governo fiscalizará o cumprimento do contrato?

A Arsesp será a agência responsável pela fiscalização do contrato, com o apoio de um verificador independente que monitorará os indicadores de desempenho.

Houve manifestações contra a concessão das escolas?

Sim, membros da Apeoesp e estudantes realizaram protestos na B3 durante o leilão, posicionando-se contra a privatização da gestão escolar.


Com informações da Agência Brasil

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