O vereador bolsonarista Kaká Fernandes (PL) enfrenta uma ação judicial movida por sua filha Amabily Rosini Fernandes, de 22 anos, que cobra R$ 243 mil em pensão alimentícia atrasada. A dívida se refere a 71 parcelas não pagas.
A ação tramita na 1ª Vara Cível de Biguaçu. Em decisão de 3 de abril, a Justiça deu três dias para o vereador quitar o valor ou justificar o não pagamento. Se não cumprir, pode ser preso por até três meses, conforme o Código de Processo Civil.
Ação judicial corre em Santa Catarina
A filha de Kaká protocolou o pedido de cobrança no dia 24 de março. A defesa pediu o bloqueio de metade do salário do vereador, que hoje é de R$ 17.487,85.
No dia seguinte à cobrança, o vereador pediu afastamento de 30 dias do cargo, anunciado em sessão da Câmara. Em 8 de abril, o suplente Arlindo Cruz (PL) assumiu temporariamente a vaga.
Contradição com discurso público
Kaká Fernandes é conhecido por defender o lema “Deus, pátria e família” e integrar o grupo religioso Legendários, voltado a homens cristãos e ações sociais. Contudo, enfrenta acusações da filha por negligência com suas obrigações familiares.
Em entrevista ao Camboriú News, Amabily criticou a postura do pai. Ela afirmou que ele chegou a omitir sua existência nas redes sociais, descrevendo-se como “pai de duas meninas”. Após a repercussão, ele alterou a biografia para “pai de meninas”.
Justificativa do afastamento
O vereador justificou a licença afirmando que sua esposa, Janaína Caseca, faria exames em São Paulo para uma cirurgia de reconstrução de mama. Portanto, estaria ausente por questões familiares e de saúde.

