Nesta quinta-feira, 19 de junho, às 21h, vai ao ar o quarto episódio do “Polipolar Show”, novo programa do apresentador e diretor Michel Melamed no Canal Brasil. O projeto reúne 30 personalidades brasileiras das mais diversas áreas da arte para falar da vida, cantar, atuar e surpreender o público com as divertidas provocações de Melamed. Os convidados deste episódio são Marco Nanini, Russo Passapusso e Shirley Cruz.
O ator Marco Nanini, que voltou aos palcos na última quinta (12/06) com a peça “Traidor”, de Gerald Thomas, em São Paulo, comenta sobre seu bom humor e a importância de manter isso durante os altos e baixos da vida, cita um trecho de um texto de uma peça de teatro em que atuou e seus aprendizados a partir de cada experiência no palco. Michel pergunta se ele tinha algum trecho de roteiro para citar e o ator brinca: “Não está nada na ponta da língua, na verdade, eu não tenho isso, mas sim, o ponto eletrônico. Depois dos 60 anos, comecei a usar ponto eletrônico nas peças. Eu treinei e dei aula de ponto para ele. Agora é ator, fez escola de teatro e continua sendo meu ponto [risos]”. Michel ainda complementa: “Como é a aula de ponto? Qual é a primeira lição?” E Marco responde: “Você repete o que eu falo. ‘Alô! Como vai você?’ E pronto!”. Os dois caem na gargalhada.
Nanini também analisa os paradoxos entre o universo pessoal e o exterior. “Meu universo pessoal é muito interessante porque é meu, mas o universo exterior é massacrante, por que como é que você vai evitar as coisas todas? Só fugindo. […] Eu não tenho o hábito de sair muito de casa, mas agora com as redes sociais, como o YouTube e Instagram, gosto muito de ver bichos, de qualquer tipo. Eu acho eles muito interessantes, porque servem como inspiração por conta das atitudes e situações que se colocam. Eles são bonitos. Eu tenho 10 cachorros. Também virei vegetariano por conta de um perfil no Instagram sobre animais”, revela.

O compositor e integrante da banda BaianaSystem Russo Passapusso, que completa 20 anos de carreira, reflete sobre o ego, conta como a arte chegou na sua vida, participa de quadros como Eu Digital Pra Você, fala sobre intuição e diz que evita se autoprogramar na rotina.
“Falam às vezes que quando você sonha, seu sangue se movimenta dentro do seu corpo, como se você estivesse realmente vivendo a situação. Então, essa possibilidade da gente conseguir entender o principal e o coadjuvante dentro da própria história e ser os dois, nos torna mais humanos, e transforma o egoísmo em algo que não é só ruim. Você vê os dois lados da moeda em relação ao ego, porque você é o principal, mas também o coadjuvante dentro de um processo”, observa Russo.

A atriz Shirley Cruz conta sobre suas crenças religiosas e como essa diversidade e fé inabalável lhe fortalecem e acolhem, o amor de mãe, que também pode doer, mas ao mesmo tempo é forte: “é um sentimento de tsunami misturado com furacão”. Shirley também demonstra como enxerga seu papel na dramaturgia e como brigou por papeis maiores em filmes, por exemplo, chamando atenção sobre a posição de protagonismo da própria carreira.
“É possível sonhar sim e eu preciso dizer isso porque foi esse sentimento que tive quando vi a Zezé Motta, Chica Xavier, Dona Ruth [Ruth de Souza]. A Zezé é um exemplo vivo, mas ser chamada de ‘diva’ só aos 77 anos? Não dá! Porém, ela resistiu e deu, foi chamada e está na capa das revistas. É importante que se saiba que dá pra viver daquilo que se ama, mas é preciso coragem, ousadia e resistência até ser respeitada. Eu sou uma mulher que contabiliza vitórias, mas o ‘game’ está longe de estar ganho e eu estou aqui. […] Não dá pra contar a história do Brasil sem preto”, desabafa Shirley.
O programa estará disponível semanalmente no Globoplay Plano Premium.
Polipolar Show (10×25′) (2025) – Inédito
Horário: Quinta, dia 19/06, às 21h – 1 episódio por semana
Rebatidas: Sábados, às 14h; Domingos, às 9h30; Quartas, às 19