Elon Musk surta: seu próprio chatbot ficou “esquerdista” demais

Bilionário quer calar a verdade porque seu Grok começou a falar... fatos

JR Vital
por
JR Vital
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por...
Bilionário Elon Musk discursa no púlpito do Presidente Donald Trump e faz gesto Nazista. Foto: RS/Fotos Públicas

Mundo — Pasmem! O homem mais rico do planeta, dono de foguetes, carros elétricos e redes sociais em ruínas, está… chateado. Sim, Elon Musk — aquele mesmo que prega “liberdade de expressão” até a página dois — está furioso porque seu próprio chatbot, o Grok, teve a audácia, a petulância, a INSOLÊNCIA de… apresentar fatos. E, como todo fato tem cheiro de humanidade e bom senso, Musk surtou: “Isso é viés de esquerda!”.

O chilique começou quando um seguidor no X (ex-Twitter) reclamou que o Grok parecia, veja só, “doutrinado pela esquerda”. E lá foi o bilionário, dedo nervoso no teclado, berrar em caixa alta digital: “Eu sei. Estamos trabalhando para corrigir isso esta semana.

Pobre Grok. Tudo o que fez foi apontar um dado simples e objetivo: a violência política de extrema-direita cresceu desde 2016. Ora, quem não sabe disso? Quem não viu supremacistas brancos marchando em Charlottesville, milicianos invadindo o Capitólio, neonazistas pipocando pelo planeta — inclusive nas replies do próprio Musk?

Mas para o magnata, isso é “fake”. Afinal, se os algoritmos dele começam a constatar que o fascismo não é exatamente um estilo de vida saudável, é sinal de que tem comunismo no código, marxismo nos bits e socialismo no processador.

A liberdade de expressão, versão Musk

Lembremos: esse é o mesmo Elon Musk que comprou o Twitter, destruiu metade da equipe, permitiu o retorno de neonazistas, teóricos da conspiração e golpistas, tudo em nome da sacrossanta “liberdade de expressão”. Só que agora, quando a própria IA dele decide ser antifascista, antirracista e pró-ciência, o bilionário começa a soar… desconfortável.

Disse, sem ruborizar a cara de emoji, que quer tornar o Grok mais “politicamente neutro”. Traduzindo do muskês para o bom português: neutro, no vocabulário dele, significa ignorar racismo, negar machismo, silenciar dados e fingir que fascistas são apenas “gente com opiniões diferentes”.

Quem tem medo da verdade?

Na prática, Musk está vivendo o pesadelo de qualquer ricaço que flerta com o autoritarismo: sua própria criação tecnológica percebeu que fascismo não é opinião — é crime. E agora ele corre, desesperado, para enfiar na marra um freio de censura na IA que prometeu ser “livre” e “buscadora da verdade”.

A ironia? O Grok não ficou “de esquerda”. Só ficou inteligente. E, num mundo onde o bilionário médio acha que liberdade é permitir nazista na timeline, qualquer algoritmo que aprende a diferenciar certo de errado vira, automaticamente, comunista.

Parabéns, Musk. Você criou um chatbot mais lúcido que você.


O Carioca Esclarece: A liberdade de expressão defendida por bilionários como Elon Musk costuma valer até o momento em que a verdade começa a incomodar seus próprios privilégios. Fica a reflexão.


FAQ

O Grok ficou realmente “de esquerda”?
Não. O chatbot apenas apontou fatos verificáveis, como o aumento da violência da extrema-direita. Isso não é viés, é realidade.

Por que Elon Musk quer “corrigir” o Grok?
Porque ele não aceita que sua própria IA reconheça dados que contrariem sua bolha ideológica e a de seus seguidores.

O que significa ser “politicamente neutro” segundo Musk?
Significa apagar dados, relativizar discursos de ódio e fingir que nazistas são apenas “gente com outra opinião”.

Assuntos:
Seguir:
JR Vital é jornalista e editor do Diário Carioca. Formado no Rio de Janeiro, pela faculdade de jornalismo Pinheiro Guimarães, atua desde 2007, tendo passado por grandes redações.