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Governo Lula quase dobra financiamento à saúde comparado a Bolsonaro

Brasília, 16 de julho de 2025 — Os financiamentos à saúde cresceram 94% desde 2023. O BNDES liberou R$ 11,3 bilhões em projetos que fortalecem o SUS e a indústria nacional.

Com Lula, saúde recupera centralidade estratégica e recebe R$ 11,3 bi

A reconstrução do Estado brasileiro sob o governo Lula já apresenta efeitos concretos sobre o setor mais atacado pela gestão anterior: a saúde pública. Segundo dados do BNDES, os financiamentos para projetos do complexo econômico-industrial da saúde somaram R$ 11,3 bilhões entre janeiro de 2023 e junho de 2024 — quase o dobro do que foi investido durante todo o ciclo Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

No último ano completo de Jair Bolsonaro na presidência, os investimentos totais não ultrapassaram R$ 1,3 bilhão. Só no primeiro semestre de 2024, o volume já alcança R$ 1,7 bilhão, com previsão de nova alta até dezembro. Em 2023, os aportes somaram R$ 6,6 bilhões, beneficiando principalmente a produção de vacinas, medicamentos, terapias avançadas e equipamentos médicos.

A reorientação é deliberada e política: trata-se de reafirmar o papel do Estado como articulador da soberania sanitária, diante de um modelo que havia reduzido o SUS à penúria e desmantelado cadeias produtivas críticas.

Nova Indústria Brasil mira soberania sanitária e independência tecnológica

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, os financiamentos fazem parte da Nova Indústria Brasil (NIB), política industrial lançada em 2023 para reconstruir cadeias estratégicas sabotadas pelo ultraliberalismo. A meta é clara: reduzir a dependência externa de insumos, recuperar o protagonismo da ciência nacional e garantir que a saúde pública não seja refém de interesses estrangeiros.

Os financiamentos estão sendo direcionados para áreas que foram desarticuladas no governo anterior, como o desenvolvimento de princípios ativos, imunobiológicos, vacinas nacionais e dispositivos de alta complexidade. O foco não é apenas ampliar a assistência, mas garantir que o país tenha condições técnicas e produtivas de reagir a emergências sanitárias futuras sem ajoelhar diante do mercado internacional.

Finep projeta salto na produção nacional de insumos até 2033

De acordo com o presidente da Finep, Luiz Antonio Elias, o objetivo do plano é aumentar de 45% para 50% a participação da indústria nacional na produção de insumos médicos até 2026 — e chegar a 70% até 2033.

Essa expansão envolve desde laboratórios públicos até empresas privadas com compromisso com o interesse nacional. O avanço será acompanhado de novos instrumentos de fomento, proteção regulatória e parcerias com universidades e centros de pesquisa.

O investimento não é apenas técnico. É também simbólico. Representa a recusa em submeter a vida da população à lógica da escassez induzida, das patentes manipuladas e da chantagem farmacêutica global.

Política pública com marca anticolonial e compromisso com o SUS

O salto nos financiamentos expõe uma ruptura com o modelo de abandono e terceirização adotado nos anos Bolsonaro. Em vez de repetir o mantra da “austeridade”, o governo Lula escolheu reativar o investimento público como ferramenta de desenvolvimento.

Fortalecer o complexo da saúde é proteger vidas, gerar empregos qualificados, garantir acesso universal e consolidar uma política pública que resiste ao tempo e ao autoritarismo. Em uma conjuntura marcada por ataques à ciência e ao serviço público, investir no SUS é mais do que uma escolha técnica — é um ato de soberania.

Perguntas e Respostas

Quanto o governo Lula investiu na saúde desde 2023?
R$ 11,3 bilhões, segundo levantamento do BNDES.

Qual foi o investimento durante o governo Bolsonaro?
R$ 5,8 bilhões entre 2019 e 2022.

Quais áreas estão sendo fortalecidas?
Vacinas, medicamentos, terapias, insumos e equipamentos médicos.

Qual é a meta da Finep para produção nacional?
Alcançar 70% de produção interna de insumos estratégicos até 2033.

Esses investimentos integram qual política?
A Nova Indústria Brasil, lançada por Lula para recuperar setores estratégicos.

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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