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Comerciantes da 25 de Março protestam contra Trump e debocham de Bolsonaro

São Paulo, 18 de julho de 2025 — Comerciantes da Rua 25 de Março protestaram contra a tarifa de 50% imposta por Trump sobre produtos brasileiros. Com faixas, palavras de ordem e símbolos políticos, denunciaram a conivência de Bolsonaro e exigiram respeito à independência nacional.

Contra a humilhação econômica do Brasil
A Rua 25 de Março, coração comercial popular de São Paulo, amanheceu em luta. Centenas de comerciantes, ambulantes e sindicalistas ocuparam a região em protesto contra a tarifa de 50% imposta por Donald Trump às exportações brasileiras. A medida, articulada em meio a investigações que envolvem Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo, foi denunciada como uma agressão à soberania econômica nacional.

Cartazes com as figuras de Trump e Bolsonaro carregando sacos de dinheiro, fantasias de presidiário e bandeiras do Partido Comunista marcaram a mobilização, que escancarou o repúdio da classe trabalhadora urbana ao servilismo bolsonarista diante do capital estrangeiro.

Bolsonaro, o refém voluntário
A manifestação ocorreu poucas horas depois de Jair Bolsonaro se tornar alvo de uma nova operação da Polícia Federal, com busca e apreensão em sua residência e na sede do PL. O ex-presidente, agora obrigado a usar tornozeleira eletrônica, tenta se vitimizar publicamente. Mas na rua, o discurso foi outro: Bolsonaro foi representado como cúmplice direto de uma política de sabotagem econômica do Brasil a mando de interesses externos.

A escolha da 25 de Março não é simbólica por acaso. A região, mencionada por Trump como “epicentro da falsificação de produtos”, tem sido usada como justificativa para medidas que, no fundo, miram na destruição de cadeias produtivas populares e no fortalecimento da vigilância comercial de matriz colonial.

Comércio popular contra o neocolonialismo tarifário
Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, foi direto: “Não podemos permitir que outro país dite regras sobre o nosso comércio. Quem legisla sobre o Brasil é o Brasil”. O recado mirava tanto Washington quanto Brasília, onde Bolsonaro e seus aliados vêm sendo acusados de colaborar com o próprio inimigo.

Paulo Li, comerciante chinês com quase duas décadas de atuação na região, deu corpo à indignação coletiva: “Saí da China para trabalhar em paz aqui. E agora querem nos perseguir de novo? Isso é racismo econômico, é perseguição disfarçada de política comercial”. Com uma camiseta onde se lia “Luis Vitao”, em alusão irônica à grife francesa Louis Vuitton, Paulo denunciou o preconceito disfarçado de lei.

Tarifa como instrumento de sabotagem transnacional
A tarifa de 50% foi anunciada por Trump sob pretextos frágeis: pirataria, proteção de marcas e “déficit inexistente” na balança comercial. A verdade por trás da medida é política — e o envolvimento direto de Eduardo Bolsonaro nas tratativas está sob escrutínio do STF.

Humberto Oliveira, do setor sindical, desmascarou o falso discurso moralista: “Nos EUA também tem pirataria. Mas lá ninguém usa isso para sufocar o pequeno comerciante ou para manipular relações internacionais. Aqui, isso virou pretexto para destruir empregos”.

“Não à demissão” e “soberania não se vende” foram os gritos mais ouvidos na manifestação. O recado não era apenas econômico, mas geopolítico. A base produtiva popular do Brasil sabe que está sendo usada como moeda de troca num jogo arquitetado por bolsonaristas e trumpistas — e não está disposta a pagar esse preço calada.

Perguntas e Respostas

1. O que motivou o protesto na 25 de Março?
A tarifa de 50% imposta por Trump sobre produtos brasileiros, que ameaça o comércio local.

2. Bolsonaro tem ligação com essa tarifa?
Sim. O STF investiga se Bolsonaro e seu filho articularam a medida com o governo Trump.

3. Quem organizou o protesto em São Paulo?
O Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP), com apoio de comerciantes locais.

4. Qual foi o alvo simbólico da manifestação?
As figuras de Trump e Bolsonaro, retratados como saqueadores da soberania brasileira.

5. A tarifa atinge apenas o comércio popular?
Não. Afeta também setores como aço, agronegócio e indústria, com risco de desemprego em massa.

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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