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Triste Realidade

Atriz judia compara genocídio de Israel em Gaza ao nazismo: “Hitler venceu e nos fez como ele”

Miriam Margolyes critica Israel e diz que judeus repetem crimes cometidos contra eles

Londres, 27 de julho de 2025 — Em um depoimento público de forte impacto emocional, a atriz britânica Miriam Margolyes, conhecida por sua trajetória no cinema e na televisão, condenou de forma veemente os ataques conduzidos por Israel contra a população palestina em Gaza. Judia nascida durante a Segunda Guerra Mundial, Margolyes afirmou que seu povo estaria reproduzindo os horrores do nazismo, ao qual ela sobreviveu indiretamente como parte da diáspora judaica.

Hitler venceu. Ele nos fez como ele”, disse a artista, visivelmente abalada, em vídeo que viralizou nas redes sociais e alimentou o debate global sobre a guerra em Gaza. A declaração foi acompanhada de críticas diretas ao governo de Benjamin Netanyahu e à comunidade internacional, que segundo ela se omite diante da destruição sistemática em território palestino.


Ativismo judaico e crítica à memória do Holocausto

Miriam Margolyes, hoje com 84 anos, afirmou que sente um “peso duplo” ao assistir à violência contra civis palestinos. “Sei quanta maldade e crueldade foram direcionadas aos judeus durante minha vida. Isso não pode justificar o que estamos fazendo agora”, declarou. Para a atriz, os atos de Israel representam não apenas uma tragédia humanitária, mas uma traição histórica à memória das vítimas do Holocausto.

Segundo ela, “os palestinos não têm nada a ver com o Holocausto. Aquilo foi um prazer puramente europeu”. A declaração ecoou em fóruns de ativistas pró-Palestina e em círculos judaicos progressistas, onde Margolyes já era reconhecida por seu posicionamento crítico ao sionismo militarizado.


Repercussão global e disputa narrativa

A fala da atriz reacendeu o debate sobre o papel de judeus dissidentes na crítica à ocupação israelense e ao cerco militar à Faixa de Gaza. O vídeo foi compartilhado por milhares de usuários, ativistas e organizações humanitárias, provocando tanto apoio apaixonado quanto críticas severas.

Setores conservadores israelenses acusaram Margolyes de traição e de relativizar o Holocausto. Já defensores dos direitos palestinos apontaram sua coragem como “um gesto raro de lucidez vindo de uma voz judaica internacional”.

Margolyes, famosa por interpretar a professora Sprout na saga Harry Potter, tem histórico de militância social e já se posicionou publicamente sobre temas como migração, saúde pública e direitos LGBTQIA+. Sua notoriedade contribuiu para dar projeção internacional à crítica — que, em outras circunstâncias, poderia ter sido silenciada ou marginalizada.


Um chamado contra a repetição da história

Na conclusão de sua fala, Margolyes expressou desesperança: “Não suporto pensar que meu povo está fazendo exatamente a mesma coisa com outra nação. Isso parte meu coração.” Para ela, o sofrimento judaico deveria ter se transformado em empatia e não em revanche. A atriz finalizou pedindo que outros judeus “rompam o silêncio” e recusem o uso da memória coletiva como justificativa para novos crimes.

A declaração, embora polêmica, expõe uma das maiores fissuras éticas do debate contemporâneo: o uso político da memória do Holocausto e o lugar das vozes judaicas na defesa dos direitos humanos universais.


FAQ – Perguntas Frequentes

Quem é Miriam Margolyes?
É uma atriz britânica, judia, conhecida por sua carreira no cinema e por papéis como o da professora Sprout em “Harry Potter”. É também ativista social.

O que Miriam Margolyes disse sobre Gaza?
Ela comparou os ataques israelenses à Palestina com os crimes cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, afirmando que “Hitler venceu”.

Por que a fala dela causou polêmica?
Por ser uma crítica pública e direta de uma judia ao governo de Israel, especialmente ao comparar os ataques em Gaza com o Holocausto.

Qual foi a reação ao vídeo?
O vídeo gerou reações divididas: apoio de setores progressistas e críticas de defensores do governo israelense.

O que ela defende em relação ao conflito?
Ela pede o fim da violência em Gaza, solidariedade ao povo palestino e uma revisão ética das ações israelenses.

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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