terça-feira, setembro 23, 2025
21.8 C
Rio de Janeiro
InícioMundoSem bananada: Eurodeputado afirma que Parlamento Europeu descarta sanção contra Alexandre de Moraes
Contra o Fascismo

Sem bananada: Eurodeputado afirma que Parlamento Europeu descarta sanção contra Alexandre de Moraes

Bruxelas, 30 de julho de 2025 — O eurodeputado Francisco Assis, membro da Comissão de Política Externa e Direitos Humanos do Parlamento Europeu, afirmou nesta terça-feira que não há qualquer chance de o órgão aprovar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi dada após a intensificação de articulações promovidas por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, em resposta às sanções impostas pelos Estados Unidos (EUA) com base na Lei Magnitsky.

De acordo com Assis, o Parlamento Europeu “não tem competências atribuídas neste domínio” e a maioria dos eurodeputados é contra qualquer tipo de intervenção nas instituições brasileiras. O movimento da esquerda europeia busca isolar tentativas da ultradireita ligada ao bolsonarismo de internacionalizar o conflito com o Judiciário.

Esquerda europeia age para conter ofensiva bolsonarista

Segundo a CNN, eurodeputados de Portugal e da Itália iniciaram conversas para mobilizar parlamentares progressistas de outros países do bloco europeu. A meta é neutralizar iniciativas da extrema direita europeia, que mantém conexões com aliados de Jair Bolsonaro, e impedir que o Parlamento Europeu endosse medidas contra Alexandre de Moraes.

O eurodeputado português afirmou que a tentativa de envolver o Parlamento foi feita por meio de uma carta enviada por bolsonaristas à Alta-Comissária para Assuntos Externos da União Europeia. Assis ironizou o gesto:

“Enviar uma carta é fácil. Eu até posso enviar uma carta ao Papai Noel”, declarou, em entrevista à CNN.

A movimentação da esquerda ocorre após os Estados Unidos (EUA) aplicarem sanções contra Alexandre de Moraes, ampliando a tensão diplomática com o Brasil. A medida gerou repercussões negativas entre parlamentares europeus e reacendeu alertas sobre o avanço de pautas autoritárias promovidas pela ultradireita internacional.

Leia mais em www.diariocarioca.com/politica

Ações não foram debatidas oficialmente no Parlamento

Francisco Assis reiterou que nenhuma das iniciativas bolsonaristas chegou a ser formalmente discutida no plenário europeu. Ele considera que as ações têm mais valor simbólico do que institucional, e que representam uma tentativa de gerar repercussão política internacional com base em narrativas de perseguição.

“Há um grupo minoritário que defende Bolsonaro como perseguido político. Mas é minoria absoluta e sem força institucional real aqui no Parlamento”, afirmou o eurodeputado.

Assis também destacou que a própria estrutura jurídica da União Europeia impede que o Parlamento intervenha em questões que envolvem autoridades de outro país soberano, salvo em casos de grave violação de direitos humanos reconhecida por mecanismos multilaterais.

Entenda mais sobre o STF em www.diariocarioca.com/politica

Entenda as críticas de Francisco Assis sobre pressão bolsonarista no Parlamento Europeu

O Parlamento Europeu pode sancionar Alexandre de Moraes?
Não. Segundo o eurodeputado Francisco Assis, o Parlamento não tem competência para aplicar sanções a autoridades de outros países. A tentativa é considerada juridicamente infundada.

Quem está articulando essas medidas na Europa?
Grupos ligados à extrema direita europeia, com apoio de aliados de Jair Bolsonaro, têm pressionado o Parlamento Europeu para emitir uma posição contra o ministro Alexandre de Moraes.

A proposta tem apoio significativo?
Não. Segundo Assis, a maioria dos parlamentares é contrária a qualquer tipo de interferência, e as ações não foram sequer debatidas oficialmente no órgão.

Qual foi a resposta dos eurodeputados progressistas?
Deputados da esquerda europeia, especialmente de Portugal e da Itália, estão se articulando para conter o avanço da narrativa bolsonarista e impedir qualquer tentativa de transformar o tema em pauta institucional.

Por que a carta enviada à União Europeia foi criticada?
Assis ironizou a ação, comparando o envio da carta à Alta-Comissária com “enviar uma carta ao Papai Noel”, em referência ao caráter político e não vinculante da iniciativa.

União Europeia observa cenário brasileiro com cautela

A mobilização da esquerda europeia em defesa das instituições brasileiras ocorre em paralelo à crise diplomática provocada pela aplicação da Lei Magnitsky pelos Estados Unidos (EUA). O caso tem sido acompanhado por parlamentares, diplomatas e juristas europeus com crescente atenção.

Embora sem efeito direto sobre as decisões internas do Brasil, o episódio revela tentativas coordenadas da extrema direita de internacionalizar disputas internas e usar mecanismos internacionais para deslegitimar o Supremo Tribunal Federal (STF). A tendência, segundo especialistas ouvidos pelo Diário Carioca, é de que o caso se torne tema permanente nos fóruns multilaterais sobre democracia e estado de direito.

Parimatch Cassino online
Redacao
Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

Relacionadas

Trump elogia Lula na ONU e fala em “química excelente”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (23) ter se encontrado rapidamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da Assembleia...

França reconhece Estado Palestino durante cúpula da ONU em Nova York

Macron anuncia decisão histórica em meio ao massacre em Gaza, que já deixou mais de 65 mil mortos, e defende solução de dois Estados

Trump associa paracetamol ao autismo e sugere leucovorina como tratamento, sem respaldo científico

Comunidade médica e farmacêuticas contestam declarações do presidente dos EUA, que ligou analgésico a risco de autismo em grávidas

Lula diz que ‘tirania do veto’ impede ONU de evitar atrocidades e volta a afirmar que Gaza sofre ‘genocídio’

Presidente brasileiro discursou em conferência sobre a Palestina, em Nova York, na véspera de abrir a Assembleia Geral da ONU

Reino Unido, Canadá e Austrália reconhecem Estado da Palestina

Países ocidentais anunciam reconhecimento oficial e reforçam compromisso com a solução de dois Estados.

Mais Notícias

Assuntos:

Mais Notícias