São Paulo, 10 de agosto de 2025 – O fundador e CEO da Chilli Beans, Caito Maia, anunciou que a empresa rompeu definitivamente com o uso do dólar nas transações com a China. A partir de agora, todos os pagamentos a fornecedores do país asiático serão feitos em renminbi, a moeda oficial chinesa — um passo que, segundo o empresário, fortalece a competitividade global e reduz a dependência do sistema financeiro atrelado aos Estados Unidos.
Estratégia definitiva contra a dependência cambial
Em entrevista ao podcast De Frente com CEO, da Exame, Maia foi enfático: “A ideia é que o uso do dólar não volte nunca mais”. Ele atribui a decisão a ganhos expressivos no câmbio e a um cenário geopolítico marcado pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, intensificada em maio deste ano.
Ao operar diretamente em renminbi, a Chilli Beans dribla instabilidades cambiais e evita o impacto de sanções e barreiras impostas por Washington. Para o executivo, a mudança abre novas possibilidades de comércio e fortalece o controle estratégico da empresa sobre sua cadeia de suprimentos.
Relação histórica com o mercado chinês
A parceria da Chilli Beans com a China remonta a três décadas. Segundo Maia, as primeiras conexões com fabricantes foram viabilizadas por contatos locais que abriram portas para fábricas e moldaram relações comerciais sólidas. “Temos os mesmos parceiros há 25 anos. É uma relação ganha-ganha, saudável e ética. A China acreditou em nós quando ainda estávamos começando”, afirmou.
Expansão asiática no horizonte
O foco na Ásia não se limita ao território chinês. A marca já opera 10 pontos de venda na Indonésia e pretende dobrar sua presença no país nos próximos anos. A estratégia faz parte de um plano global mais amplo, que inclui diversificação de mercados e redução da exposição ao dólar como moeda de referência.