São Paulo — 12 de agosto de 2025 — O empresário Sidney Oliveira, fundador da Ultrafarma, foi preso nesta terça-feira em ação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra um esquema bilionário de corrupção na Secretaria da Fazenda estadual. A operação cumpre mandados em diversos endereços de investigados e empresas.
Operação expõe rede de propina e favorecimento fiscal
Segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC), o esquema era liderado pelo auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS). Ele manipulava processos administrativos para reduzir ou anular cobranças de créditos tributários a empresas, em troca de propinas milionárias. As investigações estimam que a fraude movimentou R$ 1 bilhão desde 2021.
Presos e alvos da investigação
Além de Sidney Oliveira e Artur Gomes, a operação deteve Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop. Ele foi encontrado em um apartamento na Zona Norte da capital paulista. O MP-SP afirma que Artur recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe, usando o esquema para ocultar valores ilícitos.
Método e provas levantadas
A apuração reuniu meses de análise de documentos, quebras de sigilo e interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça. A operação também cumpre mandados de busca e apreensão em residências e sedes empresariais ligadas aos suspeitos. O MP-SP informou que os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.