O presidente Volodymyr Zelenskyy enfatizou a urgência de manter a Europa unida frente à guerra “anti-europeia” da Rússia na Ucrânia.
Após encontro com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Zelenskyy destacou que qualquer negociação precisa priorizar a contenção da ofensiva russa e a preservação da soberania ucraniana.
Coordenação transatlântica
Zelenskyy participará de reunião na Casa Branca com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acompanhado de líderes europeus como o chanceler alemão Friedrich Merz, o presidente francês Emmanuel Macron e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer.
A estratégia russa foi classificada pelo presidente ucraniano como “anti-europeia”, e a unidade do continente é considerada fundamental para conter a guerra total de Moscou.
“É crucial que a Europa esteja tão unida agora como estava em 2022, no início do conflito”, afirmou Zelenskyy. O presidente ucraniano reforçou a necessidade de cessar-fogo para viabilizar negociações efetivas, alertando que as exigências de Putin são complexas e exigem análise detalhada, sem pressões militares.
Garantias de defesa e integridade
Durante a conferência em Bruxelas, von der Leyen ressaltou que a Ucrânia deve se tornar um “porco-espinho de aço”, garantindo defesa eficaz da soberania e integridade territorial. Eventuais concessões territoriais dependem exclusivamente de decisões ucranianas, sem imposições externas.
A presidente da Comissão Europeia confirmou que Europa manterá pressão econômica sobre a Rússia, com novo pacote de sanções previsto para setembro, reforçando o compromisso de proteção à Ucrânia e segurança europeia.
Apoio ampliado e coordenação internacional
A reunião da “Coligação de Boa Vontade” envolverá ainda o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, e o presidente finlandês, Alexander Stubb, garantindo alinhamento transatlântico para negociações de paz.
Participações confirmadas incluem a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, que interrompeu férias para viajar aos EUA.
O encontro ocorre após a recente cúpula no Alasca entre Trump e Putin, marcando a primeira visita de Zelenskyy à Casa Branca desde o confronto de fevereiro na Sala Oval, reforçando a pressão sobre a Rússia e a coordenação entre Europa e Estados Unidos para a busca de uma paz justa e duradoura.