Pelo menos 38 pessoas foram presas durante protestos em diversas cidades de Israel, onde manifestantes bloquearam estradas, quartéis e residências de políticos para exigir que o governo negocie a libertação dos reféns detidos pelo Hamas em Gaza.
Protestos em múltiplos pontos do país
Dezenas de manifestantes reuniram-se em frente a residências de políticos, quartéis militares e principais rodovias de Israel, usando bloqueios e atos de desobediência civil.
A polícia respondeu com canhões de água e prisões. Alguns restaurantes e teatros fecharam portas em sinal de solidariedade às famílias dos reféns e enlutadas.
Arbel Yehoud, ex-refém, afirmou: “A pressão militar não traz os reféns de volta – só os mata. A única maneira é através de um acordo imediato e sem jogos políticos.”
Reféns em Gaza e contexto humanitário
Cerca de 50 reféns permanecem em Gaza, mas estima-se que apenas 20 estejam vivos.
A crise humanitária no território se agrava: ajuda internacional chega por via aérea, porém insuficiente, e parte das remessas não alcança os necessitados, resultando em feridos e mortes.
Hospitais locais registraram pelo menos 17 mortes de pessoas que buscavam auxílio, incluindo nove próximos ao corredor de Morag. Dezenas de milhares já morreram, e grande parte da população foi deslocada.
A ONU alerta que os níveis de fome e subnutrição atingem patamares inéditos desde o início do conflito.
Governo israelense e negociações
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu condicionou o fim da guerra ao “controle de segurança” de Israel sobre a Faixa de Gaza, proposta rejeitada pelos palestinos e criticada internacionalmente.
Netanyahu enfrenta pressões internas: membros de extrema-direita da coalizão ameaçam derrubar o governo caso se aceite qualquer acordo que permita ao Hamas manter poder local.
Israel prepara ainda a transferência de palestinos das zonas de combate para o sul de Gaza, enquanto intensifica ofensivas em áreas densamente povoadas.
A situação evidencia o impasse humanitário e político, colocando famílias de reféns e civis em situação de risco extremo.