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COP30 recua e libera pratos paraenses como açaí e tucupi em Belém

Após críticas e pressão social, organização altera edital e garante espaço para a culinária amazônica no evento climático.

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em Belém, voltou atrás e autorizou a presença de pratos tradicionais como açaí, tucupi e maniçoba nos cardápios oficiais do evento.

A decisão foi anunciada pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), responsável pela execução logística, após repercussão negativa da exclusão inicial desses alimentos.

Governo federal atuou para reverter veto

A mudança contou com a intervenção do ministro do Turismo, Celso Sabino, que articulou junto à OEI a inclusão da culinária amazônica.

Em nota, a entidade informou que publicou uma errata para corrigir o edital e destacou que o processo de seleção das empresas fornecedoras privilegiará cooperativas, associações, redes solidárias e grupos produtivos locais, além de povos indígenas, comunidades quilombolas e agricultores familiares.

O edital determina ainda que 30% dos insumos contratados devem vir da agricultura familiar, reforçando o vínculo da COP30 com práticas sustentáveis e com a sociobiodiversidade da região amazônica (leia mais sobre economia sustentável).

A exclusão dos pratos regionais havia sido duramente criticada por chefs e representantes da gastronomia paraense. O mais contundente foi Saulo Jennings, fundador do restaurante Casa do Saulo e Embaixador Gastronômico da ONU Turismo, que classificou a medida como “um crime contra nosso povo, contra a nossa gastronomia”.

Jennings lembrou que na COP28, em Dubai, chegou a servir tacacá com tucupi na abertura do evento. “Quer dizer que dentro de casa não posso usar nosso alimento? Nosso povo sobreviveu comendo isso por séculos. Temos Vigilância Sanitária e regras que funcionam”, afirmou. Para o chef, a COP30 é uma chance de transformar a gastronomia amazônica em vetor de turismo e geração de renda.

Alimentação será definida após seleção

Segundo a organização, a definição completa dos cardápios ficará a cargo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), respeitando critérios de diversidade e segurança alimentar. A audiência pública marcada para 19 de agosto ouvirá candidatos à operação de restaurantes da conferência.

A COP30 ocorrerá em novembro e será o maior evento climático já realizado no Brasil, colocando a Amazônia no centro das negociações globais sobre a crise ambiental (acompanhe a cobertura especial).

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Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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