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Sete temas para se preparar para a redação do Enem 2025

Embora não seja possível antecipar com certeza o assunto escolhido, alguns tópicos têm maior chance de aparecer

Faltando menos de 100 dias para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), neste momento, muitos estudantes intensificam a prática de redação e tentam prever qual será o tema da prova. Embora não seja possível antecipar com certeza o assunto escolhido, alguns tópicos têm maior chance de aparecer por estarem alinhados aos debates sociais relevantes e ainda não terem sido cobrados em outras edições.
 

Para a professora Magna Araújo, do Colégio 7 de Setembro – que pertence à Inspira Rede de Educadores -, mais importante do que “acertar” o tema é usá-lo como ferramenta de treino. “Claro que é válido trabalhar com essas hipóteses, mas o principal é utilizá-las para praticar a estrutura exigida pelo Enem, que tem um formato muito específico, e aprimorar a argumentação. Quando o estudante entende como organizar a introdução, desenvolver os parágrafos com repertório bem aplicado e concluir com uma proposta de intervenção consistente, ele consegue se adaptar a qualquer assunto que aparecer no dia da prova”, orienta.
 

Pensando nisso, a professora selecionou sete temas para treinar a redação e aumentar as chances de um bom desempenho no Enem 2025. Confira:
 

1. Desafios no acesso à moradia digna no contexto do direito constitucional à cidade no Brasil

Dados divulgados pelo Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostram que, em apenas um ano, de 2023 para 2024, a população em situação de rua aumentou em cerca de 25%, ultrapassando 327 mil pessoas. De acordo com a Fundação João Pinheiro (FJP), em 2025 o déficit habitacional brasileiro foi estimado em 5,9 milhões de domicílios – número 4,8% inferior ao Censo de 2022, que foi de 6,2 milhões. O cenário levanta o debate sobre a necessidade de políticas públicas integradas para ampliar o acesso à moradia digna, reduzir desigualdades urbanas e efetivar o direito constitucional à cidade.
 

2. Pressões estéticas e impactos na saúde mental de adolescentes

Cerca de 23,5% dos adolescentes brasileiros apresentam sinais de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, segundo estudo do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. Entre meninas, esse índice supera 30%. Com a influência das redes sociais e de padrões de beleza irreais, cresce a preocupação com os impactos dessas pressões na autoestima e, consequentemente, na saúde mental dos jovens, evidenciando a importância de políticas públicas voltadas à educação midiática e ao bem-estar emocional.
 

3. Caminhos para a preservação de saberes e de práticas tradicionais brasileiras

O Censo Demográfico 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), identificou 1,7 milhão de indígenas e 1,3 milhão de quilombolas no Brasil. Entretanto, os dados mostram que apenas 12,6% da população quilombola vive em territórios oficialmente reconhecidos, o que evidencia a vulnerabilidade cultural e social desses grupos. A preservação de saberes e de práticas tradicionais é essencial para garantir diversidade cultural e fortalecer identidades historicamente marginalizadas, além de promover a inclusão social e o reconhecimento dos direitos dessas comunidades. O tema pode estimular uma discussão sobre como preservar essas heranças e integrá-las às políticas culturais do país.
 

4. Desafios ambientais da gestão de resíduos no Brasil

O Brasil gera cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano, mas recicla apenas 4% desse volume, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Aproximadamente 40% do lixo coletado ainda têm como destino lixões ou aterros controlados, o que compromete o meio ambiente e a saúde pública. A proposta pode abordar a importância da reciclagem, da economia circular e do fortalecimento das cooperativas de catadores.
 

5. Caminhos para a reintegração de egressos do sistema prisional

Segundo dados da Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) do Ministério da Justiça, atualmente, o Brasil tem mais de 900 mil pessoas com alguma restrição de liberdade. A taxa de reincidência criminal chega a 37,6%, sendo que quase metade dos casos ocorre nos três primeiros meses após a saída do sistema prisional. Esses números evidenciam falhas no processo de ressocialização e apontam a necessidade de políticas públicas voltadas à educação, capacitação profissional e reintegração social de egressos. O tema possibilita a discussão de caminhos para a ressocialização e redução da reincidência criminal.
 

6Os impactos da falta de ética no uso da inteligência artificial

A ética na inteligência artificial (IA) refere-se aos princípios e às diretrizes que devem ser seguidos pela sociedade, sobretudo por profissionais da tecnologia, ao projetar, ao desenvolver e ao implementar sistemas de inteligência artificial. Como a IA provoca impactos diretos na vida das pessoas, é importante compreendê-la a partir de outros entendimentos que fazem parte da composição da sociedade, como a ética. Nesse sentido, é imprescindível que a IA não perpetue preconceitos, seja transparente nas operações realizadas e considere o impacto social e moral na tomada de decisões. Dessa forma, a ética na IA poderá garantir que os avanços tecnológicos beneficiem a sociedade como um todo, evitando desigualdades e, consequentemente, potenciais danos.
 

7Caminhos para a plenitude da acessibilidade nas escolas de todo o país

O que é acessibilidade nas escolas? A acessibilidade é um conjunto de condições e possibilidades para que todas as pessoas possam utilizar os espaços públicos ou privados de forma autônoma e segura. Nas escolas, isso significa que ela seja um espaço físico e virtualmente acessível e apropriado para todos os estudantes, independentemente de suas habilidades e necessidades. Isso inclui acessibilidade física para estudantes com mobilidade reduzida, como rampas de acesso, calçadas regulares e localização adequada da escola. Outros recursos são a acessibilidade a estudantes com deficiências visuais ou auditivas, como máquinas de datilografia Braille, computadores com softwares de acessibilidade, calculadoras sonoras, intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras) e legendas em quaisquer filmes ou vídeos utilizados em sala de aula

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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