Absurdo

Eduardo Bolsonaro mantém gastos máximos de gabinete mesmo afastado da Câmara

Deputado segue utilizando R$ 132 mil por mês para sustentar equipe, apesar de estar fora do mandato desde março

Evaristo de Paula
Evaristo De Paula
Evaristo de Paula é jornalista e redator de Política no www.diariocarioca.com, atuou em vários veículos de comunicação
Eduardo Bolsonaro - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), afastado do mandato desde março deste ano, continua consumindo o teto da verba de gabinete da Câmara para custear sua equipe.

Em julho, mês que marcou o fim oficial de sua licença, foram R$ 132 mil pagos com recursos públicos para manter os nove funcionários lotados em seu gabinete.


Risco de perda do mandato é distante

Mesmo sem mandato ativo, Eduardo já acumula 12 ausências não justificadas em sessões plenárias. Porém, as regras da Câmara tornam remota a possibilidade de perda de mandato por abandono: seria necessário faltar a pelo menos um terço das sessões realizadas no ano legislativo.

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Em 2024, por exemplo, houve 238 sessões — o que significa que um deputado só estaria em risco de cassação automática se somasse 79 faltas.


Sobrevida política

Na prática, o parlamentar ainda tem margem para se ausentar por meses, enquanto mantém o gasto máximo da verba com sua equipe. O cenário gera críticas sobre a utilização de recursos públicos em gabinetes de deputados afastados, já que os servidores seguem remunerados sem a atuação direta do titular.


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Evaristo de Paula é jornalista e redator de Política no www.diariocarioca.com, atuou em vários veículos de comunicação