O Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades lançou o terceiro Relatório do Observatório Brasileiro das Desigualdades 2025, produzido pelo Dieese, mostrando que, de 43 indicadores analisados, 25 registraram avanços.
Os setores com maior progresso incluem meio ambiente, trabalho, educação e saúde, embora desigualdades raciais, de gênero e regionais ainda sejam persistentes.
Avanços e retrocessos
O estudo indica que três indicadores apresentaram retrocessos, ligados à saúde e condições de moradia, enquanto oito não mostraram mudanças significativas.
Apesar disso, especialistas reforçam que os avanços são lentos e insuficientes frente às desigualdades estruturais do país.
O deputado Pastor Henrique Vieira (PSol–RJ) ressaltou que os números representam pessoas e histórias reais, não apenas estatísticas: “Isso não são números. São pessoas, memórias, mulheres, trabalhadores e crianças que precisam de um país justo, solidário, fraterno, democrático e soberano.”
Dimensões estruturais da desigualdade
O sociólogo Clemente Ganz Lúcio, do Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades, destacou que as disparidades no Brasil são estruturais e multifacetadas, exigindo monitoramento contínuo e políticas públicas consistentes. Segundo ele, o Observatório busca mostrar gradualmente os resultados de ações que enfrentam essas diferenças:
“O Observatório registra o diagnóstico perverso de desigualdade estrutural materializada em várias dimensões e, ao mesmo tempo, mostra resultados que indicam como estamos conseguindo superar gradualmente essas diferenças”, afirmou Clemente.
Reflexão sobre os desafios
Embora os dados indiquem progresso em setores estratégicos, as desigualdades raciais, de gênero e regionais continuam presentes, lembrando que avanços pontuais não substituem políticas estruturais e investimentos contínuos.
Especialistas alertam para a necessidade de ação integrada entre governos, sociedade civil e movimentos sociais para garantir que melhorias efetivas alcancem todos os brasileiros.
Com informações da Agência Brasil