O governo Lula incluiu na proposta do Orçamento de 2026 um salário mínimo de R$ 1.631, um aumento de R$ 113 sobre os atuais R$ 1.518.
A estimativa considera a inflação medida pelo INPC e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, beneficiando 59,9 milhões de pessoas, entre trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais.
Reajuste acima da inflação e valorização real
O aumento de 7,44% previsto para o salário mínimo supera a estimativa divulgada em abril, que indicava R$ 1.630. A correção oficial será divulgada em dezembro, após a publicação do INPC de novembro, que serve de base para o cálculo do reajuste.
A fórmula de valorização, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), combina:
- Inflação medida pelo INPC nos últimos 12 meses;
- Crescimento real do PIB de dois anos anteriores (3,4% em 2024).
Essa política garante aumento real, reforçando o poder de compra da população e a valorização do trabalho no país.
Impacto para milhões de brasileiros
Segundo o Dieese, o salário mínimo serve de referência para 59,9 milhões de pessoas, incluindo:
- Trabalhadores com contrato baseado no mínimo;
- Aposentados e pensionistas;
- Beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O reajuste não apenas amplia a renda direta desses cidadãos, mas também influencia o salário médio nacional e estimula o consumo, contribuindo para o crescimento econômico.
Reflexo nas contas públicas
O aumento do salário mínimo também eleva os gastos do governo. Cada R$ 1 de aumento gera um impacto de R$ 430 milhões nas despesas obrigatórias, que incluem aposentadorias, abono salarial e seguro-desemprego.
Com a valorização do mínimo, cresce a pressão sobre o orçamento federal, reduzindo recursos disponíveis para gastos discricionários, o que pode afetar políticas públicas e investimentos de infraestrutura.
Perspectiva e próximos passos
O valor definitivo do salário mínimo para 2026 será confirmado em dezembro, com a divulgação do INPC. Enquanto isso, o governo busca equilibrar a necessidade de manter a valorização real do trabalhador com a gestão fiscal, destacando o impacto positivo do reajuste sobre a população mais vulnerável.