O presidente Donald Trump expressou em rede social que os EUA teriam “perdido” a Índia e a Rússia para uma “China mais profunda e sombria”, em referência ao recente desfile militar em Pequim com líderes Xi Jinping, Vladimir Putin e Narendra Modi. A fala foi considerada sarcástica e alarmista.
Um peacenik falho: promessas que não se concretizam
Apesar do discurso de pacificação, a segunda gestão Trump intensificou conflitos no Oriente Médio. O cessar-fogo em Gaza, intermediado por Washington, colapsou, resultando em renovados bombardeios e bloqueios, com mais de 55.000 vítimas.
Em paralelo, sua postura ambígua frente a conflitos como o da Ucrânia e tensão crescente com o Irã evidenciam uma política externa ainda mais instável do que em sua primeira presidência.
Violência militar sistemática e elevado número de vítimas civis
O estilo militar de Trump foi marcado por uma escalada em ataques aéreos e uso intensivo de drones. Em especial:
- No Afeganistão, os ataques aéreos aumentaram em 330% a taxa de mortes de civis em comparação ao período Obama.
- No Iêmen, os bombardeios sob sua gestão foram os mais intensos desde 2001.
- O “máximo aperto” à política iraniana (maximum pressure) acarretou amplas sanções com consequências humanitárias graves, sem recalibrar significativamente as políticas do Irã.
4. Negligência na pandemia e desastres humanitários internos
Trump demonstrou negligência diante da crise da Covid-19, frequentemente desprezando conselhos de especialistas. Sua gestão foi apontada como responsável por uma série de falhas coordenadas e atrasos críticos que custaram milhares de vidas evitáveis.
Retirada desastrada do Afeganistão
A retirada de tropas, que resultou na queda de Cabul e na retomada do país pelo Talibã, foi amplamente criticada. O episódio foi classificado como uma das maiores humilhações estratégicas dos EUA — mesmo por Trump — e sancionou a percepção de uma liderança incompetente e desordenada.
Trump pode ser descrito como paranoico (ao enxergar rivais em todos) e ineficaz (incapaz de implementar paz ou estabilidade). Seu viés para o uso da força, ao invés de diplomacia, e seu histórico de falhas humanitárias o colocam sob o rótulo de promotor de guerras, não de pacificação.