O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, declarou que o país não permitirá que membros do Hamas se escondam em qualquer lugar do mundo, inclusive em países aliados como o Catar.
A fala ocorreu após o ataque israelense a líderes do Hamas em Doha, uma ação que gerou ampla condenação internacional.
Segundo Katz, a doutrina de segurança de Israel prevê que sua “mão longa” atuará contra inimigos em qualquer território. O ministro não comentou sobre informações de que alguns líderes do Hamas alvos do ataque não foram mortos, mas garantiu que todos serão eliminados. Katz reiterou ainda que o Hamas deve aceitar condições israelenses para o fim do genocídio, incluindo libertação de prisioneiros e desarmamento; caso contrário, ameaçou a destruição total de Gaza.
Postura de Israel na ONU
Em entrevista à Fox News, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, reforçou que o governo continuará a perseguir líderes do Hamas, mesmo em países aliados como o Catar. “Não haverá imunidade para terroristas — nem em Gaza, nem no Líbano, nem no Catar”, afirmou. Danon descartou qualquer recuo diante das condenações internacionais às ações de Tel Aviv.
A ofensiva israelense gerou preocupação do Conselho de Segurança da ONU, que se reunirá para discutir a legitimidade do ataque aéreo em Doha e seus impactos sobre civis e infraestrutura. A destruição de residências de líderes do Hamas intensificou críticas sobre a escalada militar da região.
Crise humanitária em Gaza
A escalada da violência já provocou a evacuação de cerca de 150.000 palestinos da Cidade de Gaza, segundo o exército israelense, que prepara nova ofensiva. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu havia informado que 100.000 pessoas já haviam deixado a cidade, mas o número segue aumentando à medida que a situação se deteriora.
A comunidade internacional observa atentamente as ações israelenses, alertando para os impactos humanitários e para a possibilidade de agravamento do conflito no Oriente Médio, incluindo danos à população civil em Gaza e em outros territórios próximos.