O Parlamento Europeu rejeitou um pedido para realizar um minuto de silêncio em homenagem a Charlie Kirk, ativista político americano de extrema-direita assassinado durante um evento em uma universidade de Utah, nos Estados Unidos.
A solicitação foi feita pelo deputado sueco Charlie Weimers, que pediu um momento de oração e reflexão pela memória de Kirk, conhecido por sua proximidade com o ex-presidente americano Donald Trump.
Rejeição imediata
A vice-presidente do Parlamento Europeu, Katarina Barley, responsável por conduzir a sessão, negou o pedido imediatamente. Ela citou as normas internas, que determinam que homenagens desse tipo só podem ser solicitadas previamente por grupos políticos e anunciadas pelo presidente da plenária.
“Já discutimos isso, e você sabe que o presidente disse não ao minuto de silêncio”, afirmou Barley, recebendo aplausos de parlamentares de centro e esquerda.
Apoio da extrema-direita
A proposta de Weimers contou com apoio do partido alemão AfD e do movimento francês Identity Liberties, ambos de orientação ultradireitista. O grupo europeu Europe of Sovereign Nations chegou a sugerir a indicação de Kirk ao Prêmio Sakharov, concedido a personalidades que se destacam na defesa dos direitos humanos.
O episódio provocou protestos, com deputados batendo nas mesas e gritando contra a decisão. Barley reforçou que a prerrogativa é exclusiva da presidência e que a regra deve ser cumprida.
Repercussão internacional
Líderes da direita mundial lamentaram a morte de Kirk. O ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson classificou o assassinato como um ato de “desespero e covardia”. Já o premiê húngaro Viktor Orbán disse que Kirk era um “verdadeiro defensor da fé e da liberdade”.