O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta segunda-feira (15) com executivos da 99, que anunciaram um investimento de R$ 2 bilhões para expandir o serviço de delivery de comida, o 99Food, no Brasil. A empresa, de propriedade chinesa da Didi, também se comprometeu a destinar R$ 50 milhões para criar pontos de apoio com condições dignas para entregadores e R$ 6 bilhões em crédito para a compra de veículos elétricos.
Expansão do delivery e inclusão de trabalhadores
Atualmente restrito a Goiânia e São Paulo, o 99Food promete chegar a 15 cidades até o fim de 2025 e a mais 20 até janeiro de 2026. O fundador e CEO da Didi, Will Cheng, destacou o “papel central do Brasil na estratégia global” da empresa, chamando o mercado brasileiro de único em “escala, inovação e oportunidade”.
Além da expansão, o pacote prevê benefícios concretos para entregadores: crédito para compra e aluguel de motos e bicicletas elétricas, e a criação de pontos de apoio com local para descanso, banheiro e água. São medidas que respondem a demandas históricas desses trabalhadores por condições mais dignas de trabalho.
O papel do governo na atração de investimentos
A reunião com Lula simboliza o esforço do governo federal em atrair investimentos que gerem empregos e incluam socialmente os trabalhadores de aplicativos. O anúncio ocorre em um momento de crescente pressão por regulamentação do setor e melhoria nas condições de trabalho.
O diretor-geral da 99 no Brasil, Simeng Wang, afirmou que a empresa busca “construir um ecossistema mais justo e inclusivo para milhões de brasileiros”. No entanto, o desafio será garantir que esses investimentos se traduzam em melhorias reais na vida dos entregadores, que frequentemente enfrentam jornadas exaustivas e remuneração inadequada.