A Câmara dos Deputados protagonizou uma das cenas mais surreais da história política brasileira: interrompeu a votação da PEC da Blindagem – que garante impunidade para políticos corruptos – para fazer um minuto de silêncio por Charlie Kirk, extremista americano aliado de Donald Trump assassinado nos EUA. O absurdo foi proposto pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Enquanto 60 milhões de brasileiros podem perder a tarifa social de energia porque a mesma Câmara não encontra tempo para votar medidas populares, os deputados tiveram tempo para homenagear um xenófobo estrangeiro que pregava o ódio contra imigrantes e minorias. É a prioridade do Congresso mais conservador da história: primeiro bandidos, depois americanos, por último o povo.
Quem era Charlie Kirk
Charlie Kirk era um extremista de direita fundador do Turning Point USA, organização conhecida por:
- Propagandear teorias conspiratórias
- Ataques à educação multicultural
- Campanhas contra direitos LGBTQIA+
- Defesa de restrições à imigração
- Apoio incondicional a Donald Trump
Não era um “ativista conservador” como tentam pintar. Era um promotor do ódio que ganhou notoriedade atacando direitos humanos básicos e espalhando desinformação. Sua morte é trágica como qualquer assassinato, mas transformá-lo em mártir é revisionismo histórico.
Por que esta homenagem é um escândalo
- Prioridades invertidas: Câmara para para homenagear americano enquanto MP da Tarifa Social caduca
- Cumplicidade com extremismo: Legitima agenda de ódio de Kirk
- Desrespeito às vítimas brasileiras: Milhares de brasileiros morrem violentamente sem homenagem
- Servilismo internacional: Bajulação a figuras estrangeiras em detrimento de problemas nacionais
O que isso revela sobre o Congresso
A cena mostrou que para esta Câmara bolsonarista:
- Vida de americano branco vale mais que de brasileiro pobre
- Agenda cultural guerra importada dos EUA é prioridade
- Projetos de impunidade própria vêm antes de políticas públicas
- Submissão ideológica ao trumpismo é mais importante que soberania
Quem são os verdadeiros brasileiros esquecidos
Enquanto faziam silêncio por Kirk, nenhum minuto para:
- Marielle Franco, assassinada a tiros
- Vítimas da Covid negligenciadas pelo governo Bolsonaro
- Moradores de rua que congelam nas madrugadas brasileiras
- Crianças famintas sem merenda escolar
A seletividade das homenagens mostra quem realmente importa para esta elite política: não os brasileiros que sofrem, mas os ideólogos estrangeiros que alimentam seu projeto de poder.