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Jimmy Kimmel é censurado nos EUA após comentários sobre morte do extremista Charlie Kirk

A rede ABC anunciou nesta quarta-feira (17) a retirada do ar do programa “Jimmy Kimmel Live!” por tempo indeterminado após o apresentador fazer comentários sobre o acusado de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk.

Em monólogo exibido na segunda-feira (15), Kimmel sugeriu que Tyler Robinson — preso e acusado pelo crime — seria um republicano pró-Trump, gerando imediata reação de políticos conservadores e da Comissão Federal de Comunicações (FCC).

Andrew Alford, presidente da divisão de transmissão da Nexstar (empresa responsável pela exibição do programa em afiliadas da ABC), classificou as declarações de Kimmel como “ofensivas e insensíveis em um momento crítico do debate político nacional”. Horas antes, o presidente da FCC, Brendan Carr, havia pedido que emissoras locais parassem de transmitir o programa e ameaçou tomar “medidas” contra a ABC e a Disney.

O comentário que detonou a crise

No monólogo controverso, Kimmel declarou:

“A turma do MAGA está desesperada para caracterizar esse garoto que matou Charlie Kirk como qualquer coisa que não seja um deles e fazendo de tudo para tirar proveito político disso. Entre uma acusação e outra, também houve luro.”

A fala ignorava evidências já públicas — incluindo mensagens de Robinson para sua namorada assumindo o crime e explicando que agiu por não “aguentar mais o ódio” de Kirk — e insinuava que a direita estaria tentando encobrir a identidade política do assassino.

O contexto: violência política nos EUA

O assassinato de Charlie Kirk — fundador do grupo conservador Turning Point USA e aliado de Donald Trump — ocorreu durante evento na Universidade de Utah na última semana. Kirk foi baleado enquanto participava de uma mesa de debate aberto ao público.

O crime acontece em um contexto de escalada da violência política nos EUA. Segundo a agência Reuters, o país vive o período mais prolongado desse tipo de violência desde os anos 1970, com mais de 300 casos documentados desde o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

A reação das autoridades

A FCC — agência reguladora de comunicações dos EUA — agiu com velocidade incomum. Brendan Carr, indicado por Trump, não apenas condenou as declarações de Kimmel como ameaçou punir a ABC e a Disney. A pressão regulatória parece ter sido decisiva para a retirada do programa do ar.

Tyler Robinson, por sua vez, foi formalmente acusado e pode enfrentar a pena de morte. Mensagens divulgadas pela promotoria mostram que ele planejou meticulosamente o assassinato e tentou escapar após o crime.

O futuro de Kimmel e do “late-night” político

Jimmy Kimmel é uma das figuras mais populares da TV americana, com mais de 20 anos no ar e três apresentações do Oscar. Seu programa é conhecido por piadas ácidas sobre política e entrevistas com celebridades.

A suspensão — especialmente se tornar-se permanente — representará um terremoto no cenário de “late-night shows”, tradicionalmente dominado por humor progressista. Também sinaliza um novo patamar de pressão conservadora sobre redes de televisão.

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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