Em 2026, a Fundação Bradesco vai retomar a oferta de turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Após um período de reestruturação, a modalidade será oferecida em 8 das 40 unidades da instituição em todos os estados do país: Osasco (SP); Rio de Janeiro (RJ); Salvador (BA); Natal (RN); Jaboatão dos Guararapes (PE); São Luís (MA); Teresina (PI); e Manaus (AM). As inscrições estarão abertas de 1º de setembro a 31 de outubro de 2025, de forma presencial, nas secretarias das escolas participantes, das 16h às 21h.
“Ainda que a volta aos estudos seja um desafio para jovens, adultos e idosos, sabemos que a elevação da escolaridade amplia as possibilidades de participação em diversas esferas da vida social, como o mundo do trabalho. O desenvolvimento de práticas letradas também favorece o acompanhamento da vida escolar de filhos e netos, o que é um desejo de muitas pessoas que procuram a EJA. Além disso, a escola representa a vivência de um novo espaço de interação social”, reforça Fernando Frochtengarten, Gerente de Educação Continuada da Fundação Bradesco.
O curso é gratuito e oferece certificado reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). As inscrições estão disponíveis para pessoas a partir de 15 anos que desejam concluir o Ensino Fundamental II e de 18 anos que têm o objetivo de concluir o Ensino Médio. É importante ressaltar que não há limite de idade para EJA, o que permite que pessoas de qualquer idade concluam seus estudos.
As aulas começam em janeiro de 2026 e serão ofertadas no período noturno, com flexibilidade para quem precisa conciliar estudos, trabalho e demais responsabilidades, respeitando as necessidades do público adulto.
Segundo dados do último Censo Escolar, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil perdeu quase 200 mil matrículas em apenas um ano, chegando a 2,39 milhões de alunos, o menor patamar desde o início da série histórica, em 2007.
Esse levantamento, coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), é realizado anualmente e coleta informações detalhadas sobre matrículas, rendimento e fluxo escolar em todas as etapas e modalidades da educação básica, incluindo a EJA. A partir de 2007, o Censo passou a adotar uma nova metodologia de coleta de dados, permitindo uma análise mais precisa e individualizada da situação educacional no país.
Nos últimos quatro anos, a modalidade encolheu em mais de 600 mil estudantes. Além disso, o Brasil ainda tem mais de 72 milhões de adultos sem a educação básica completa, evidenciando a urgência de iniciativas que favoreçam a retomada dos estudos e a inclusão social.
“A Fundação Bradesco retoma a EJA com a convicção de que é possível transformar as estatísticas da demanda potencial pela EJA em oportunidades reais. Queremos apoiar cada estudante que decide voltar a estudar, porque sabemos que isso impacta não apenas sua trajetória, mas também a de sua família, sua comunidade e a sociedade como um todo”, afirma Fernando.
Segundo o especialista, a proposta curricular da Fundação Bradesco foi construída a partir do diálogo com gestores, professores, famílias e comunidades. “O currículo nasce de uma análise aprofundada das realidades locais, de modo que as práticas educacionais dialoguem com as necessidades dos estudantes”, explica.
Para a Fundação Bradesco, além de ampliar o acesso à educação, a EJA tem efeito multiplicador: cada estudante que retorna à sala de aula leva consigo o exemplo de perseverança, ajudando a romper ciclos de exclusão e a abrir caminhos para mais oportunidades, uma conquista que ultrapassa os muros da escola e reverbera em toda a sociedade.