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Prefeitura e MIT divulgam primeiros resultados do laboratório Senseable City Rio

A cidade do Rio de Janeiro começa a colher os primeiros resultados de uma iniciativa pioneira de urbanismo digital que une ciência, tecnologia e participação comunitária. Efeito da parceria entre a prefeitura e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), o projeto Senseable City Rio usa tecnologias avançadas como LiDAR (Light Detection and Ranging) para mapear digitalmente comunidades cariocas e orientar políticas públicas em áreas vulneráveis. Os primeiros resultados foram apresentados ontem, 18/09, no Centro de Operações e Resiliência (COR), na Cidade Nova.

O programa, que faz parte da rede global do laboratório Senseable City Lab (presente também em Amsterdã e Dubai) teve como ponto de partida a Favela do Vidigal,  Zona Sul da cidade. Pesquisadores mapearam cerca de 16 mil metros quadrados de área, gerando um modelo 3D preciso da região, que inclui edificações, vias estreitas, encostas e áreas de risco. O trabalho é o primeiro passo para a criação de um “gêmeo digital” (digital twin) da comunidade, capaz de ajudar a simular intervenções urbanas e a prever impactos ambientais.

“O LiDAR permite um mapeamento com alta precisão, superior ao de imagens de satélite. Ele não capta imagens pessoais, garantindo a privacidade dos moradores, e cria nuvens de pontos que representam toda a estrutura física do ambiente”, explica o arquiteto italiano Carlo Ratti, diretor do Senseable City Lab, que apresentou na Bienal de Arquitetura de Veneza parte dos dados e imagens gerados nessa primeira fase do projeto.

Além do uso científico, o projeto valoriza o engajamento comunitário: líderes locais participaram da definição das áreas mapeadas no Vidigal. Na próxima fase, prevista para a segunda quinzena de outubro, moradores do Complexo da Maré, na Zona Norte, onde vivem cerca de 140 mil pessoas, serão capacitados para atuar diretamente na coleta de dados. Para isso, a equipe do Senseable City terá o apoio do instituto Redes da Maré e vai instalar 16 sensores ambientais impressos em 3D, apelidados de “polvos”, para medir calor, umidade e poluição. Os equipamentos vão abranger toda a extensão da comunidade e as informações serão importantes para guiar futuros programas da prefeitura.

“Esse tipo de mapeamento é fundamental para aplicar várias ações, entre elas, contenção de encostas, combate à tuberculose, e até mesmo desenvolver estratégias de enfrentamento ao calor extremo e à poluição”, afirma Tatiana Roque, secretária municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação.

O Senseable City Rio também inclui parcerias com instituições brasileiras como a UFRJ, Instituto Pereira Passos, Instituto Igarapé e Casa Firjan. O convênio com o MIT tem duração prevista de três anos, e novas etapas estão em desenvolvimento, incluindo uma nova pesquisa no Vidigal. Dessa vez, sobre sobre circulação de ar e exposição solar da população. 

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Redacaohttps://www.diariocarioca.com
Equipe de jornalistas do Jornal DC - Diário Carioca

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